Contribuir, com sua força de trabalho, para uma causa social é o que move há 35 anos as vicentinas da Conferência Santa Clara. Às quartas-feiras, das 13h às 16h30, cerca de 30 mulheres reúnem-se para produzir enxovais, destinados a bebês de famílias carentes que nascem na Santa Casa de Piracicaba. Como forma de reconhecer o trabalho do grupo, o vereador entregou na tarde de hoje, 21, a moção de aplausos 172/2015.

Instaladas em uma sala próxima ao Cecan, as vicentinas produzem, por mês, 30 enxovais. São 30 mulheres voluntárias atualmente, sendo que na década de 80, quando as ações começaram, era um grupo de cinco. Os kits produzidos por elas contém 45 itens, entre sapatinhos de lã, pares de meia, conjunto de malha e body, macacão e casacos de flanela. Uma contribuição mensal de R$ 15 por integrante subsidia a compra do que não é produzido no local, como as fraldas e toalhas, além do material de trabalho, entre linhas e tecidos.

A coordenação das atividades é de responsabilidade de Adair Rainha, também fundadora do grupo, assim como outras duas homenageadas nesta quarta-feira: Maria Aparecida Cortozzi e Madre Filetti. “A gente trabalha com amor, carinho e dedicação. Não sabemos para onde vai, quem recebe, mas ficamos felizes em contribuir”, disse Adair.

As demais integrantes do grupo receberam cópias da moção. Kawai enalteceu a diretoria da Santa Casa, pelo suporte às voluntárias. Representaram a entidade a administradora Vanda de Carvalho Petean, o membro da mesa diretora Ariovaldo Pizzinatto e a administradora do Santa Casa Saúde Marilene Lemos.

Ao agradecer Kawai pela homenagem, Vanda destacou o pioneirismo das mulheres, que conceberam um trabalho social num período em que poucas pessoas sabiam o que era o voluntariado. “É algo que vem de dentro, da intenção de ajudar a quem elas não sabiam muito bem. Quando olhamos para o projeto, vemos a sua grandiosidade”, disse. Já Ariovaldo Pizzinatto, em nome da diretoria, manifestou a intenção em ver a continuidade das ações “por muitos anos”.

Para Kawai, trata-se de uma homenagem e, ao mesmo tempo, uma forma de agradecer a cada uma das integrantes pela disposição em olhar para o próximo. “Ainda hoje são poucas as pessoas que encaram com seriedade o voluntariado, que pensam no coletivo. É algo que me deixa emocionado”, disse o parlamentar.