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Assistente social, Ana Pavão dedicou a maior parte da carreira ao HFC
Ela conquistou o primeiro mandato na Câmara nas eleições de 2020; candidatou-se ainda a deputada estadual em 2018
Ana Pavão, em 16 de novembro de 2020, um dia após eleita para o mandato
Crédito: Guilherme Leite - MTB 21.401Assistente social formada pelas Faculdades Integradas Maria Imaculada, a vereadora Ana Pavão, falecida nesta terça-feira (15), aos 45 anos, dedicou parte de sua carreira ao HFC (Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba). Ela atuou como especialista em captação de recursos, gestora de clientes, de unidades externas e de oncologia. Possuía pós-graduação em administração hospitalar, pelo Centro Universitário São Camilo. Era ainda uma aficionada pelo basquete.
Em seu LinkedIn, plataforma de mídia social focada em negócios e emprego, Ana Pavão se definia da seguinte forma: “estou como parlamentar na esfera municipal de Piracicaba. Atuei como captadora de recursos em um hospital de alta complexidade na cidade de Piracicaba em âmbito estadual e federal, além de fortalecer nosso vínculo com pessoas físicas e jurídicas. Minha formação como administradora hospitalar proporciona destreza em auxiliar no gerenciamento de setores que envolvem aumentar a visibilidade institucional. Formada em serviço social, tenho meu olhar voltado ao bem-estar e cuidado de nossos pacientes sempre buscando o equilíbrio Institucional”.
Ana Pavão passou a infância no bairro Vila Rezende e cursou o primário na Escola Estadual José Romão, concluindo os estudos na Escola Monsenhor Jeronymo Gallo no período noturno, pois, no período da manhã e tarde, praticava basquete no antigo time do BCN, onde permaneceu entre 1989 e 1995. Foi graças a este esporte que conheceu o marido Alexandre, jogador do Esporte Clube XV de Novembro, durante uma de suas inúmeras viagens participando de campeonatos. Afirmava ainda que o basquete lhe permitiu criar disciplina, respeito e comprometimento.
O trabalho no Hospital dos Fornecedores de Cana teve início em 1995, como prestadora de serviços, por ainda não ter idade para registro em carteira de trabalho. Com a irmã, Ana Paula, iniciou a conferência patrimonial da instituição. Suas rotinas diárias eram planilhar os equipamentos e mobílias, etiquetando com placas de metal numeradas. A efetivação ocorreu em março de 1997, como recepcionista.
A rotina no hospital lhe levou ao curso de Serviço Social no Instituto Superior de Ciências Aplicadas (Isca), em 1996, porém concluído nas Faculdades Integradas Maria Imaculada dez anos depois.
Em maio do ano 2000, pediu demissão. Casou-se com Alexandre em junho daquele mesmo ano e mudou-se para Florianópolis, em Santa Catarina, onde morou por dois anos e meio, enquanto seu marido jogou pelos times do Figueirense e Avaí, como goleiro. Teve o primeiro filho, Filipe, em 30 de dezembro de 2000. Já o caçula João Pedro Pavão nasceu em novembro de 2010.
O retorno para a cidade de Piracicaba aconteceu em 2002 e, em novembro de 2003, conquistou novamente uma vaga no HFC, no setor de internação. Como gestora de clientes, administrou os setores direcionados ao gerenciamento de leitos, pronto atendimento, internação, Santa Casa SUStentável, entre outros. Ainda no HFC, entre as várias funções, foi membro do Comitê de Otimização de Leitos, representou a instituição no Comitê Municipal de Urgência e Emergência e atuou como supervisora de hospitalidade e SAC.
Em fevereiro de 2013, Ana Pavão foi surpreendida com um câncer de apêndice, com tamanho já avançado. Foi operada e encaminhada para uma cirurgia de grande porte no Hospital AC Camargo, onde ficou por mais de 12 horas no centro cirúrgico.
O convite para ingressar na carreira política veio em 2015, pelo PSDB. Candidata a vereadora no ano seguinte, obteve 988 votos, ficando como suplente na Câmara Municipal de Piracicaba. Neste período, mais uma vez foi surpreendida pelo câncer. Em maio de 2016, foi submetida a outra laparotomia total com quimioterapia intradérmica. Realizou sua campanha política, fazendo tratamento médico e ao mesmo tempo trabalhando, sobrando apenas quatro horas por dia para visitar a apresentar suas propostas partidárias.
Em 2018, candidatou-se ainda a deputada estadual pelo antigo PR (Partido da República) e recebeu 6.302 votos. Conquistou o primeiro mandato nas eleições de 2020, ao obter 1.348 votos pelo Partido Liberal.
Ao final do período em que exerceu o cargo de primeira-secretária da Mesa Diretora da Câmara, na gestão 2021-2022, descobriu o terceiro câncer, de pulmão. Até a última segunda-feira (14), estava em tratamento domiciliar. Com o agravamento de seu quadro, foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia na mesma data.
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