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Mostra reúne fotos registradas pela pesquisadora Eliana Navega, que já catalogou 113 aves que habitam o Parque da Rua do Porto
Exposição reúne fotos da zoóloga Eliana Navega
Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946Para marcar a Semana Municipal do Meio Ambiente, a Câmara abre ao público nesta terça-feira (3), no hall do salão nobre, a exposição "Aves do Parque", com fotos registradas por Eliana Navega, zoóloga e professora que faz um levantamento permanente da avifauna que habita o Parque da Rua do Porto e já catalogou 113 espécies no local.
A mostra, com entrada gratuita, reúne o colorido de diversos exemplares, como pipira-vermelha, choca-barrada, sanhaço-cinzento, sanhaço-do-coqueiro, corruíra, bico-de-lacre, marreca-cabocla, socó-dorminhoco, socozinho, irerê, canário-da-terra, sabiá-do-campo, sabiá-una, picapauzinho-escamoso e pica-pau branco.
A exposição tem o apoio da vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo A Cidade é Sua, e da Câmara. A abertura, nesta terça, às 19h, antecede a solenidade em comemoração à Semana do Meio Ambiente e de entrega do "Prêmio Chico Mendes de Ecologia e Meio Ambiente", em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na quinta (5).
"A exposição é muito importante para trazer essa visibilidade para dentro da Casa, juntando com a solenidade do Dia do Meio Ambiente e do Prêmio Chico Mendes. Desta vez, estamos trazendo a diversidade imensa de pássaros que há no Parque da Rua do Porto", enfatizou Silvia Morales, que enalteceu o levantamento conduzido por Eliana Navega.
O trabalho que culminou na mostra que segue até o próximo dia 30, na Câmara, teve início em 2016, quando a então professora da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) orientou o estudo de uma aluna sobre o tema. Na época, 69 espécies foram catalogadas no Parque da Rua do Porto. O monitoramento seguiu e em 2019, quando o número chegou a 100, um artigo científico foi publicado. Como a identificação tornou-se permanente, hoje o total de espécies conhecidas na área é de 113.
"Há 388 espécies de aves em Piracicaba, segundo o último levantamento, sendo que 113, ou seja, quase um terço, está dentro do parque, que é um espaço pequeno dentro do contexto do município, uma área que não tem tanta vegetação. Mas por que o parque é importante? Porque temos as aves da Chácara Nazareth, com um fragmento de mata, e as do rio Piracicaba indo para o parque. Têm as aves que só visitam o parque, passam por lá, e as que moram no parque, o habitam. E como eu sei que elas habitam? Porque têm ninho, filhote, elas criam ali todo ano, então vivem no parque", explica a idealizadora da exposição.
Eliana, que é graduada em biologia com mestrado e doutorado em zoologia, faz levantamento de aves desde a década de 1990 e conta que o olhar para contemplar a avifauna do Parque da Rua do Porto é compartilhado por outros ativistas, como Luiz Bonassi, cuja dedicação voluntária ajuda na preservação do trecho de mata no local e de uma nascente.
As imagens registradas pela pesquisadora, que começou a observar as aves com binóculos e, desde então, se identifica como fotógrafa amadora, estampam painéis que foram instalados no parque e hoje são a base do projeto educativo "Aves do Parque da Rua do Porto", com o objetivo de estimular estudantes a se interessarem pela avifauna do local e sua preservação.
"A ideia é trazer escolas e estudantes para conhecerem as aves e usá-las como ferramenta para a educação ambiental e a conservação do parque. É proposto um percurso, com os alunos, para que observem as aves ao longo do parque, fotografando com o celular ou mesmo anotando quais viram, e daí eles vão até os painéis que têm as fotos, os nomes científicos e os nomes populares para fazerem a identificação", explica a zoóloga.
Para quem gosta de curiosidades, Eliana antecipa dois atrativos da exposição na Câmara. "O sanhaço-de-encontro-azul me surpreendeu. Ele não é uma espécie da região, mas uma espécie de altitude, mais da parte da mata do litoral. E fiquei surpresa ao vê-lo aqui. Para ter certeza, mandei a foto para alguns colegas que são ornitólogos e eles confirmaram. Foi o primeiro registro dessa espécie em Piracicaba e foi feito dentro do parque", destaca a pesquisadora.
"Outra interessante é uma espécie migratória, o príncipe, que vem para cá no outono, mais ou menos em abril, justamente fugindo do frio, e fica até outubro. Ele ganha toda uma plumagem vermelha de reprodução e aí volta, em outubro, para o local onde ele se reproduz normalmente. É uma espécie que eu já acompanho há uns nove anos e, todo ano, eu a vejo no parque", conclui a autora das fotos.
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