EM PIRACICABA (SP) 03 DE AGOSTO DE 2009

Capitão Gomes rebate críticas e reafirma conteúdo de relatório

O primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Piracicaba, Carlos Gomes da Silva, o Capitão Gomes (PP), ocupou a Tribuna da Câmara, na reunião or (...)




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Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946


O primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Piracicaba, Carlos Gomes da Silva, o Capitão Gomes (PP), ocupou a Tribuna da Câmara, na reunião ordinária de hoje (3) para rebater críticas e comentários sobre entrega final de relatório sobre gastos à presidência da Casa de Leis.

 

Capitão Gomes informou que recentemente ligaram em sua casa, para alertá-lo sobre boatos e, para que fique esperto, pois querem cassar seu mandato na Câmara. O parlamentar esclareceu que uma vez por ano vai de carro ao Quartel. Disse que com o dinheiro de diária não comprou cadeira que usa em seu gabinete. Foi comprado com o seu próprio dinheiro. Disse não ter assessor fantasma e, citou assessores como o Prof. Emílio Amstalden. Também disse que o advogado Robson não é seu parente.

 

"Se Piracicaba ver o que está acontecendo na Câmara, a coisa vai mudar", disse Capitão Gomes, que há mais de uma semana aguarda notas fiscais e cópias de contratos.  "Até quando o presidente vai me colocar nesta situação. Estou aqui para trabalhar. Tem excelentes funcionários na Casa. O que estou pedindo é disciplina e regramento. Só porque pedi para tirar carro do estacionamento foi acionado o Sindicato", destacou o parlamentar.

 

Em aparte à fala de Capitão Gomes, o vereador Walter Ferreira da Silva, o Pira (PPS), disse que também está trabalhando nisso. "Estou com uns documentos e quero ver o que está acontecendo. Vou mostrar com documentos. Covarde, eu não sabia. Falo para qualquer um. Em Piracicaba inteira não tem nenhum que pode falar contra minha pessoa", disse Pira, que também informou que tomará providências que tiver que ser tomada.

 

O vereador Antonio Fernandes Paiva (PT), reiterou que o debate precisa continuar e, se tornar público.

 

Capitão Gomes reiterou que não há nada a esconder. Lembrou que o documento foi apresentado à Mesa Diretora no dia 20 de julho, sendo que o documento está na mão do presidente. "Não estou acusando ninguém", em contraponto aos gastos com telefone e horas extras. São medidas que a Casa pode apoiar ou não.

 

Já o vereador Pira disse que acha o cúmulo do absurdo o pessoal não entregar este documento. Estou vendo coisas estranhas acontecendo. Não tem nenhum vereador e nem funcionário acusado. "Não brinque com quem é de direito e honesto", disse.

 

A vereadora Márcia Pacheco (PSDB) informou que nem todos sabem o que está escrito no relatório final, citando fechamento ou não do refeitório, se cobra-se ou não a alimentação; se proíbe o pessoal da Biblioteca. A defesa é por uma coisa concreta. "Não temos nada a esconder. Estamos dispostos a consertar os erros que vem acontecendo. Não queremos caça às bruxas", disse.

 

Em aparte, o vereador José Pedro Leite da Silva (PR), disse que fica preocupado com a série de manchetes nos jornais. "Se tiver que tomar medidas é nós que devemos tomá-las. Lamentavelmente a imprensa é que nos norteia, várias vezes. Gostariamos de discutir isso sem causar danos perante a sociedade", disse.

 

O vereador José Aparecido Longatto (PSDB), enfatizou que esta Casa não está abandonada. Tem comando. "Tem determinado assunto que é de competência da Casa. É coisa que diz respeito a esta Casa. Tem vereador querendo administrar mais que o presidente. E, vai ser hoje. Existe Regimento e lei Orgânica, que tem que ser cumprida. Não dá para macular a imagem da Casa. Quem não está contente que vá na Justiça. Quero ser julgado pelo juiz e não por algumas pessoas", disse.

 

O vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) defendeu a idéia de que o documento seja enviado antes para cada vereador. "O que não se pode é generalizar", disse.

 

Longatto disse que quando assumiu a presidência foi claro de tratar todas as despesas no site da Câmara. "Não gastamos nem 45%, dos 70% que temos direito. O gasto é 4,5%, dos 6%. Vou conferir horas extras, trabalhando sobre telefonia. É competência minha. Já pedi audiência com a Promotoria Pública. Fui eleito para administrar esta Casa. A lei tem que ser feita ao pé da letra. o que não dá é para vereador querer saber da vida do outro", finalizou.

 

No intervalo da reunião ordinária, o presidente José Longatto convocou todos os vereadores para uma reunião específica sobre o assunto envolvendo o relatório apresentado pelo vereador Capitão Gomes.

 


Martim Vieira Mtb 21.939


Foto: Fabrice Desmonts Mtb 22.946

 

 

Legislativo Carlos Gomes da Silva

Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939

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