EM PIRACICABA (SP) 18 DE ABRIL DE 2009

Dia Municipal da Lembrança recorda barbáries do Holocausto

Reunião solene realizada na manhã deste sábado (18), às 10h, no salão nobre da Câmara, marcou em Piracicaba o Dia Municipal da Lembrança, data instituída por inicia (...)




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Crédito: Davi Negri - MTB 20.499


Reunião solene realizada na manhã deste sábado (18), às 10h, no salão nobre da Câmara, marcou em Piracicaba o Dia Municipal da Lembrança, data instituída por iniciativa do vereador João Manoel dos Santos (PTB).

Incluído no calendário oficial do município por força da lei nº 6313 de 2008, de autoria de João Manoel, o Dia Municipal da Lembrança (30 de abril) foi criado para que os atos desumanos praticados no Holocausto não sejam esquecidos pela sociedade. Segundo consta no requerimento, o evento tem por objetivo "conscientizar sobre a importância da defesa da vida e do combate à intolerância".

Representando a comunidade israelita de Piracicaba, Jayme Rosenthal lembrou a existência de resolução da ONU (Organização das Nações Unidas), datada de 26 de janeiro de 2007, que condena qualquer negação do Holocausto e orienta cada país a destacar no ensino da história mundial o massacre nazista ocorrido durante a Segunda Guerra. “Estamos fazendo nossa parte. A forma como milhões de pessoas foram mortas foi terrível, e não podemos permitir que isso se repita. Por isso insistimos tanto nesta lembrança”, disse Roshental.

O vereador João Manoel qualificou a instituição do Dia Municipal da Lembrança como “serviço de grande relevância para as futuras gerações”. “Esta casa se sente honrada pelo privilégio de aprovar uma lei originada de um pedido da comunidade judaica, contribuindo para que o ocorrido durante o Holocausto nunca mais se repita na história de nossa civilização”, afirmou.

O presidente da Câmara, José Aparecido Longatto (PSDB), defendeu a igualdade entre os homens e repudiou o preconceito contra qualquer etnia. “Em todos nós, independente de raça, corre o mesmo sangue. O homem tem que aprender que não deve julgar o próximo”, disse Longatto.

A programação da solenidade incluiu a exibição do documentário Nazismo Nunca Mais (57 minutos), que mostra como foram tratadas as vítimas do Holocausto, e um depoimento do sobrevivente Arie Yaari (foto 2). No encerramento da reunião solene foi executado o hino de Israel.

Compuseram a mesa de honra da solenidade o presidente da Câmara, José Aparecido Longatto (PSDB); o vereador João Manoel dos Santos; o representante da comunidade israelita em Piracicaba, Jaime Rosenthal, que também representou a Federação Israelita do Estado de São Paulo; o representante da Ordem dos Advogados do Brasil 8ª subseção, Luiz Roberto de Almeida Filho; o atirador Vinícius Rogério Pastro, representando o Tiro de Guerra de Piracicaba e o presidente da Cooperativa dos Produtores de Cana (Coplacana), José Coral.

Hitler

Em 1933, Adolf Hitler subiu ao poder na Alemanha e estabeleceu um regime racista sob o título de Nacional-Socialista, ou do alemão NSDAP - Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Esse regime foi baseado na doutrina racial de acordo com a qual os alemães arianos pertencem à “raça Mestre” - Raça Pura, enquanto os judeus eram conhecidos como "Untermenschen", subumanos, que não faziam parte da raça humana.

Em 1939, o exército alemão invadiu a Polônia e deu início ao que se tornaria a Segunda Guerra Mundial. Uma série de vitórias fáceis no começo da guerra deu a Hitler a oportunidade em implementar suas ideias. Ele começou a aniquilação do povo judeu, especialmente em solo polonês, onde vivia o maior contingente de judeus da Europa. Documentos descobertos depois da guerra mostram que sua intenção era exterminar todo judeu no mundo.

Para realizar seu plano, suas forças primeiramente concentraram os judeus em guetos; estabeleceram campos de concentração e de trabalho, em muitos casos simplesmente campos de extermínio, e transportaram os judeus para esses campos. Os que não eram aptos para o trabalho eram logo exterminados. A maioria dos outros morreram de inanição ou em virtude de doenças. Na frente oriental, à medida que ocupavam cidades e aldeias, os judeus iam sendo mortos por pelotões de fuzilamento ou por gás, em caminhões fechados.

Holocausto

Durante os seis anos de guerra, foram assassinados pelos nazistas aproximadamente seis milhões de judeus – incluindo 1,5 milhão que eram crianças – representando um terço do povo judeu naquela época. Esta decisão de aniquilar os judeus, já prevista desde 1924 no livro "Mein Kampf", de Adolf Hitler, foi uma operação feita com fria eficiência, um genocídio cuidadosamente planejado e executado. Foi única na história em escala, gerenciamento e implementação, e por essa razão recebeu um nome próprio – o Holocausto.

Menos de cinqüenta anos depois, grupos racistas de neonazistas e grupos anti-semitas tentam negar que o Holocausto tivesse alguma vez existido, ou afirmam que a escala foi muito menor. Existem algumas causas para esse chamado "revisionismo", especialmente políticas e anti-semitas. Alguns desejam limpar o nazismo de sua injúria maior; outros acreditam que o Estado de Israel foi estabelecido para compensar os judeus pelo Holocausto, e ao negar o Holocausto estão procurando destituir Israel de seu direito de existir. Este é o motivo pelo qual os que negam o Holocausto têm muito mais suporte nos países árabes.

Mas o Holocausto existiu, como atestam os testemunhos documentais e pessoais, e o povo judeu decidiu impedir que seja esquecido, para que, com sua lembrança, fique assegurado que o mundo não permitirá jamais que torne a acontecer com os judeus ou com qualquer outro povo ou grupo na Terra.
 
40 milhões de mortos

Após a Segunda Guerra Mundial o termo Holocausto passou a ser utilizado como referência ao extermínio de aproximadamente 40 milhões pessoas que faziam parte de grupos considerados inferiores pelo regime nazista de Adolf Hitler. Além de judeus, militantes comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes motores, deficientes mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros países do Leste Europeu, ativistas políticos, sindicalistas e pacientes psiquiátricos também foram perseguidos, violentados e executados. Mais tarde, o termo foi sendo aos poucos adotado somente para se referir aos judeus mortos.

Durante o Holocausto morreram cerca de 17 milhões de soviéticos (sendo 9,5 milhões civis); 6 milhões de judeus (1,5 milhão crianças); 5,5 milhões de alemães (3 milhões civis); 4 milhões de poloneses (3 milhões civis); 2 milhões de chineses; 1,6 milhão de iugoslavos; 1,5 milhão de japoneses; 535 mil franceses (330 mil civis); 450 mil italianos (150 mil civis); 396 mil ingleses e 292 mil soldados norte-americanos.

Fonte: Wikipedia (www.wikipedia.org.br)

Ademir Barbosa – MTb 54.006
Fotos: Davi Negri – MTb 20.499

Legislativo João Manoel


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