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Fórum Permanente de Arborização Urbana discutiu manejo da cobertura arbórea em Piracicaba
Josef Borges (Solidariedade)
A poda excessiva de árvores pode causar acidentes e diminuir seu benefício ecossistêmico. Outras árvores, como as leucenas, são prejudiciais à diversidade da vegetação nativa e precisam ser controladas. Esses temas foram discutidos, nesta quarta-feira (16), pelo professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) Demóstenes Ferreira e pelo engenheiro agrônomo Marcelo Leão.
O Fórum Permanente de Arborização Urbana, organizado pela vereadora Silvia Morales, do mandado coletivo “A Cidade é Sua” (PV), e pelo vereador Josef Borges (Solidariedade), abordou a gestão da cobertura arbórea em Piracicaba.
O engenheiro agrônomo Marcelo Leão explicou, durante o evento, como espécies invasoras de árvore afetam o equilíbrio de ecossistemas, como é o caso da leucena. “Entre ter leucena e não ter nada, é melhor não ter nada”, disse.
Segundo o pesquisador, estas espécies se desenvolvem em ritmo pandêmico, pois apresentam um alto nível de reprodução, e seu desenvolvimento descontrolado prejudica outras formas de vegetação. “Para controle dessas árvores, precisamos de uma fundamentação jurídica, técnica, monitoramento contínuo e um programa de mobilização social”, destacou Marcelo Leão.
“Existem algumas formas de controle, como o mecânico, que realiza o corte das árvores, o químico, com defensivos agrícolas, e o biológico, que é perigoso pois pode resultar em outra manifestação agressiva”, explicou. O engenheiro desenvolve uma pesquisa que mapeia os focos de leucenas em Piracicaba, este estudo é dividido entre operação imediata, pesquisa e desenvolvimento.
O fórum também discutiu como as podas arbóreas excessivas podem afetar a capacidade de regeneração e benefício ecossistêmico. “Muitos fazem podas pensando que estão fazendo bem para as árvores, mas na verdade estão fazendo uma mutilação”, disse o professor Demóstenes Ferreira.
De acordo com o professor, é necessário cuidar das árvores que já existem na cidade. Demóstenes explicou que as árvores apresentam uma capacidade de tolerar o estresse causado pela poda, mas existe um limite.
Entre os benefícios que as áreas verdes proporcionam para a cidade, estão a melhora da umidade relativa do ar, diminuição da temperatura e até mesmo a contribuição com a saúde mental dos moradores, como apontam pesquisas citadas pelo professor. “Podas exageradas geram um aspecto de uma cidade que não cuida da vida e esse tipo de poda muito drástica é recorrente em Piracicaba”, destacou.
Demóstenes Ferreira também apontou para as podas realizadas pela própria prefeitura que, muitas vezes, prioriza a fiação, a iluminação pública e acaba mutilando as árvores. “Hoje existe mais de uma solução tecnológica para esse problema, como fiações encapadas, mas precisamos investir e esse investimento pode ser feito aos poucos. A solução de retirar a copa é prejudicial para a árvore”, disse.
O professor também pontua que uma intervenção muito agressiva em uma árvore pode resultar em sua queda e causar acidentes. “Raízes superficiais perto da árvore não devem ser podadas, algumas práticas consideradas normais podem aumentar o risco de uma queda e causar a perda de uma vida humana”, apontou.
De acordo com o engenheiro agrônomo Marcelo Leão, Piracicaba apresenta 25% de cobertura arbórea que é mal distribuída, dado gerado pelo Plano de Arborização Urbana do município. “Nosso desafio é trazer essa homogeneidade, além do fator qualitativo, às vezes temos cobertura arbórea, mas ela está malcuidada”, disse.
A vereadora Silvia Morales, diretora da Escola do Legislativo de Piracicaba, destacou a contribuição dos palestrantes e a programação da SimaPira (Semanas Integradas do Meio Ambiente de Piracicaba). “Estamos vendo conteúdos importantes para as nossas políticas públicas, requerimentos e para colaborarmos com o Executivo”, observou. O vereador Josef Borges também agradeceu os palestrantes. “Tenho me dedicado a procurar mais sobre o problema e como vereador apresentar mais soluções”, disse o parlamentar.
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