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Segunda reunião do Fórum Permanente acontece nesta terça, dia 18
Reativado pelos vereadores Gustavo Pompeo e Paulo Camolesi, o Fórum Permanente de Cidadania, Justiça e Cultura de Paz defende uma sociedade pela cultura da paz
Segunda reunião do Fórum Permanente acontece nesta terça, dia 18
Crédito: Davi Negri - MTB 20.499Conforme iniciativa dos vereadores Gustavo Pompeo (Avante) e Paulo Camolesi (PDT), a Câmara Municipal de Piracicaba promove na manhã desta terça-feira (18), às 10h30, a segunda reunião do Fórum Permanente de Cidadania, Justiça e Cultura de Paz, que marca a reativação deste organismo, que teve implantação em Piracicaba no início do ano 2000 até o 2009, deixando um legado em defesa do trabalhador, o que resultou na criação de legislação específica no Estado de São Paulo, no setor do corte da cana de açúcar, de combate ao trabalho similar ao regime de escravidão.
O evento aconteceu na Câmara conforme o decreto legislativo 8/2022, com transmissão ao vivo pela TV Câmara Piracicaba, na frequência 11.3 UHF da TV Digital aberta, canal 4 da Net/Claro, canal 9 da Vivo/Fibra, e também pelos perfis da Câmara no Facebook e no Youtube e na página oficial: camarapiracicaba.sp.gov.br
O Fórum se pauta no eixo de educação continuada voltada para a área da saúde. Na primeira reunião do Fórum, ocorrida no dia 1º de março, a composição da mesa diretiva contou com o vereador Gustavo Pompeo, que fez a abertura dos trabalhos, e registrou a mensagem de que o movimento é suprapartidário, de política pública voltada à área da saúde, com o objetivo de unir pessoas, no entendimento de que a cidadania está em tudo.
O parlamentar também registrou a presença do ex-vereador Antonio Oswaldo Storel - convidado de honra, que atualmente integra o quadro de assessores de Camolesi e foi um dos principais articulares da primeira versão do Fórum, no ano 2000. "O Fórum seguirá no mesmo formato de seu nascimento. Que ele possa ser um espaço de encontro de ideias e participação de todos", disse Pompeo.
Na oportunidade, o vereador Paulo Camolesi também falou da alegria na realização de mais este Fórum. "Que possamos continuar nesta direção, do bem comum", disse. Camolesi citou uma conversa que teve com uma pessoa, onde ela dizia, já chegando aos 50 anos, ser preciso descobrir o que poderia fazer para mudar o mundo. Para o parlamentar, "aos 70, quando a gente se ajuda, o divino se envolve e a gente encontra o caminho. Nós só seremos felizes quando fizermos a outra pessoa feliz. Acredito nesta forma de vida. É que Deus tem seu projeto para a humanidade. Vamos trabalhar para o bem, pois Deus nos dá tudo de graça", alertou Camolesi.
Na sequencia do evento da primeira reunião do Fórum foi apresentado um vídeo elaborado pelo procurador Mário Antônio Gomes, que reportou ao momento em que estamos vivendo, com a precarização do trabalho. Diretamente ligado ao Fórum anterior, o magistrado mostra que esta junção de esforços é muito rica. "Tive a oportunidade de participar de dezenas de reuniões em 2006 e 2011, onde obtivemos ótimos trabalhos na região de Piracicaba", disse, ao parabenizar a atitude de Gustavo Pompeo e Paulo Camolesi, na reativação do Fórum.
Também na primeira reunião, como integrante da mesa diretora, o ex-presidente do Fórum e também ex-vereador, Antonio Oswaldo Storel saudou o vereador Gustavo Pompeo e Camolesi e os velhos companheiros do Fórum, citando Alessandro, Clarice, Maria Emília, e outras pessoas que o acompanharam naquela época. "Mas sempre com a esperança que a energia seja retomada", disse Storel.
"Que sempre tenhamos como foco principal a multiplicação de forças, para atingir resultados, a exemplo do que deu certo em 2000 a 2009, na resolução de problemas seriíssimos, em defesa do trabalhador. Apesar de estar em idade avançada, 87, porém, ainda me reservo entusiasmo muito grande em trabalhar pelo bem comum", concluiu o ex-parlamentar.
A representante do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), Clarice Aparecida Bragantini falou do prazer, depois de muitos anos, de voltar a discutir e verificar as muitas lutas. "O Fórum é luta permanente, a direitos humanos, saúde e educação", disse.
PALESTRA - a palestra principal da primeira reunião ficou a cargo de Alessandro da Silva, técnico em Segurança do Trabalho, pela Cerest, que também conduziu as discussões do Fórum, para no final registrar encaminhamentos, a exemplo de assegurar a Câmara como local apropriado para a continuidade das reuniões de trabalho do Fórum, por formação de comissão específica.
Alessandro destacou que o trabalho do Fórum vem de longa data e com diversos profissionais, sendo que o papel agora é atuar no resgate de criar discussões em prol da saúde, voltado aos profissionais da área, onde surgiu o desavio de novas ações conjuntas em diversos setores. "Na saúde a energia está muito baixa", pontuou o palestrante, que também apresentou o pensamento de Eduardo Galeano, ao rebuscar a utopia do horizonte, que está sempre à nossa frente, para tentarmos alcançá-lo.
Alessandro também destacou a necessidade e o fortalecimento das práticas de educação permanente para os profissionais da saúde em Piracicaba, pois a demanda do dia-a-dia não permite buscar estas formas. "Este é apenas o primeiro degrau, que poderá resultar numa política pública. Foram 15 anos de trabalho no mesmo tema. É preciso criar um grupo de trabalho, fortalecer outras pontas, a exemplo de saúde mental, vigilância, verificando o que é necessário em cada setor", disse.
O reconhecimento é que este espaço ajudará na articulação, para aferir o processo e, por último objetivar uma política pública, a exemplo de lei estadual, garantindo alojamento e outro fortalecimento que contribui com o processo. "Precisamos pensar de forma conjunta em todas as ações. O Fórum é dinâmico, foi lançado a primeira semente, com vista ao futuro. A pergunta é como podemos definir e propor os trabalhos e como podemos planejar a organização da educação permanente.
DEBATE - diversas pessoas se manifestaram nas discussões temáticas, na primeira reunião do Fórum, a exemplo de Fernanda, coordenadora de saúde bucal, que parabenizou os idealizadores. "A reunião de hoje foi um marco. Que possamos desenvolver ações sistemáticas na rede, em prol da população", disse.
ENCAMINHAMENTOS - o ex-vereador Antônio Oswaldo Storel citou a amplitude da saúde, a exemplo do tratamento de crianças, na odontologia. E, lembrou fato de 1975, onde foi a Brasília falar com o secretário de Saúde, na busca de recursos, onde o secretário disse que investir em hospital não era o melhor caminho e, sim que se deva privilegiar o investimento em prevenção, envolvendo todos os funcionários da saúde, onde fundamentalmente está a educação, sendo importante começar pela criança, que acaba ensinando os adultos.
"Se ficarmos nos trabalhos-fins nunca venceremos, em função da grandeza da área. Devemos agir em todas as áreas, a exemplo da saúde, como educar o trabalhador e empreiteiros. Às vezes as pessoas acham que a prevenção é besteira. Storel também aproveitou o momento para apresentar um caderno especial, mostrando um pouco do que foi o Fórum, que envolveu mais de 300 pessoas, em documentos a ministros e secretários de estados, e a presença de deputados, que após verificar as condições dos alojamentos, levantou-se a necessidade de lei e, que depois a legislação se consolidou, onde foi preparado decreto especial de alojamentos sobre cortadores de cana na região de Piracicaba.
Storel relatou que esta experiência também serviu para o lançamento de livro sobre o assunto, na Unicamp. "A força muda quando nos colocamos na condição de coletivo. A repercussão foi uma das considerações levantadas na época, onde a usina tomou satisfação sobre este movimento", concluiu o ex-parlamentar, que também considerou a situação atual, em notícias que dão conta de trabalho escravo no Sul do país, na colheita da uva, "usando trabalho escravo", disse.
O vereador Gustavo Pompeo, na condição de coordenador encerrou o primeiro evento do Fórum, ao lado do vereador Paulo Camolesi e, prometeu empenho para as várias áreas, no levantamento do que é feito na cidade hoje, para contratar um trabalhador, onde o Fórum dará sequência nos trabalhos. Gustavo também citou fato que denuncia trabalho escravo aqui em Piracicaba, em rede de alimentação, de estabelecimento que funciona 24 horas, com mais de seis pontos na cidade. "Sempre trabalho de uma forma mais humanizada. O que nunca iremos fazer é criar constrangimento. Isto não vai existir dentro do Fórum", concluiu o parlamentar.
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