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Vereador conhece novos projetos do Centro de Reabilitação Piracicaba
André Bandeira, em visita à instituição que tem como foco as pessoas com deficiência física, intelectual e múltipla, também observou melhorias no espaço da unidade
André Bendeira visitou o CRP para conhecer de perto as recentes melhorias e novos projetos em andamento na instituição
O vereador André Bandeira (PSDB) visitou nesta terça-feira (7) o Centro de Reabilitação Piracicaba (CRP) para acompanhar de perto as recentes melhorias e novos projetos em andamento na instituição. A reunião contou com a participação da coordenadora do setor terapêutico, Rebeca Padulla, e da enfermeira Janaina Camargo, que trabalha no Projeto TEA.
O parlamentar, durante a visita, teve a oportunidade de acompanhar de perto a revitalização do setor terapêutico do CRP. Um dos destaques foi a reinauguração da Sala de Integração Sensorial, que foi totalmente reformada.
Além das melhorias físicas, o Centro de Reabilitação Piracicaba também firmou parcerias para expandir seus serviços. Um dos contratos assinados foi para atender crianças com autismo na faixa etária de 0 a 6 anos incompletos, com foco no diagnóstico e atendimento precoces para inclusão social. Em apenas oito meses, mais de 3.000 procedimentos foram realizados com pacientes do projeto.
Janaína Camargo, enfermeira que trabalha no Projeto TEA, explicou que o atendimento às crianças é feito de forma interdisciplinar por profissionais das áreas da psicologia, serviço social, educação física, terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, enfermagem e psiquiatria infantil, visando atender às demandas e necessidades individuais de cada criança.
Ela ressaltou ainda que, para ingressar no serviço, é necessário encaminhamento profissional da rede de atenção básica municipal, onde o profissional de referência avaliará a necessidade e complexidade de cada caso, priorizando os mais graves. Após o encaminhamento, são realizados dois encontros de acolhimento com intervalo de 15 dias entre eles, nos quais é feita uma escuta ativa da história pessoal e familiar da criança, assim como de suas demandas e necessidades.
"Para avaliação, utilizamos métodos lúdicos de interação com a criança, aplicamos instrumentos como a escala Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT) e protocolo de Indicador de Riscos para Desenvolvimento Infantil (IRDI) para posteriormente realizar a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), instrumento que reunirá as informações trazidas pela família e avaliação profissional do caso", explicou.
"Nosso foco não é apenas o diagnóstico precoce, mas como isso vai influenciar a criança em seu ambiente, seja na escola, em casa, no parque, na igreja, entre outros espaços que ela venha a frequentar. Trabalhamos para que a criança se desenvolva, seja autônoma, tendo o direito de ser como ela é. Muitas crianças já evoluíram bastante neste projeto e isso é superpositivo", destacou Rebeca.
Após a construção da CIF, o caso é discutido entre toda a equipe interdisciplinar para decidir as próximas ações a serem realizadas com as crianças e seus familiares. "Uma vez identificado sofrimento psíquico, presença ou indícios de TEA, um profissional é designado para ser a referência técnica da família, construindo junto à família o Projeto Terapêutico Singular, que é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas com um indivíduo e sua família", completou Janaína.
É importante ressaltar que as crianças que não atendem aos critérios para permanecer no projeto são contrarreferenciadas para as unidades básicas de saúde e outros dispositivos na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
"Minha visita ao Centro de Reabilitação Piracicaba foi extremamente gratificante e esclarecedora. Pude testemunhar de perto o incrível trabalho realizado por toda a equipe, desde a revitalização do espaço físico até os projetos inovadores que estão sendo implementados", falou André Bandeira.
"É inspirador ver como o CRP se dedica não apenas ao tratamento das pessoas com deficiência, mas também ao seu desenvolvimento integral e à inclusão social. A reinauguração da Sala de Integração Sensorial é um exemplo claro do compromisso da instituição em oferecer um ambiente acolhedor e adequado para todos os seus usuários", acrescentou o parlamentar.
Fundado em 1963 por iniciativa das famílias de Maria Cristina Guidotti, Eloisa Maranhão de Azevedo, Renato Ometto e Cleusa Aparecida Gobbo, o CRP tem como objetivo principal promover o protagonismo social das pessoas com deficiência física, intelectual e múltipla, bem como fortalecer suas famílias. Atualmente, a instituição oferece atendimento gratuito para cerca de 450 pessoas com deficiência, além de seus familiares, nas áreas terapêutica, educacional, de emprego apoiado, centro dia e projetos socioeducativos.
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