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O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), na utilização da Tribuna da Câmara, reunião ordinária desta segunda-feira (25) mencionou o evento da Paixão de Cristo, (...)
O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), na utilização da Tribuna da Câmara, reunião ordinária desta segunda-feira (25) mencionou o evento da Paixão de Cristo, na semana da Páschoa, como forma de refletir sobre o momento político atual, em ensinamentos bíblicos, com reflexão aos posicionamentos adotados pela Câmara, principalmente no envolvimento da Casa de Leis em matérias que não são valorizadoras do papel legislativo, sejam elas da mídia local, regional e nacional.
O parlamentar lembrou de sua época ainda como militante sindical, quando vinha à Câmara para fazer defesa de trabalhadoras e trabalhadores, sendo que por diversas vezes teve discussões acirradas com vereadores, sendo esta uma característica do movimento sindical, ao passo que aquele que não tiver esta característica poderá facilmente ser cooptado pelo patronato, porque o enfrentamento entre o capital e o trabalho é uma característica daqueles que querem transformar as relações do trabalho.
Paiva disse que mais uma vez, neste último domingo a imagem da Casa de Leis foi vista em eventos que não eram da Câmara, pela EPTV e pelos jornais locais e, pela internet, em nível mundial. Paiva mencionou a abertura da Paixão de Cristo, em determinado momento, quando Herodes pede a cabeça de João Batista e, quando os soldados obedecem e vão executar a ordem, sendo que eles se rebelam contra seu comandante e, questionam, porque teriam que matar as crianças, ingadando o que elas fizeram, que riscos elas causam pra humanidade, sendo que o comandante diz apenas que eram ordens.
O vereador Paiva disse que lembrou destes fatos no domingo, por ocasião da Paixão de Cristo para lembrar da participação de um cidadão que usou a Tribuna Popular. Paiva reafirmou que a Guarda Civil não é violenta, nem desumana, sendo que a Guarda, no último sábado cumpriu ordens, de uma infelicidade muito grande. Com relação ao Movimento Pula Catraca, o vereador Paiva ressaltou que das vezes que foi ao Terminal sempre buscou o diálogo, tentando encontrar um ponto de equilíbrio, sendo que apenas uma vez houve uma dissidência entre os manifestantes e a Guarda Civil Municipal de Piracicaba.
Para o vereador Paiva, expor os nossos guardas civis, de uma entidade forte e representativa demonstra que há alguma coisa errada por trás, sendo que alguém está querendo diminuir o papel da Guarda Civil ou o seu respeito diante da nossa sociedade. Colocá-la como agressora, rasgando roupa de manifestante, atingindo mulheres, no mês do Dia Internacional da Mulher, com homens cuidando de mulheres, o que em gerenciamento de crise não é o recomendável e sim mulher deve tratar de mulher, a exemplo do que foi feito com a polícia militar, conforme mostram as fotos, onde a policial mulher tratou com mulheres para fazer o gerenciamento de crise.
Paiva observa que foi uma crise que a Guarda Civil não gerou, sendo que quem gerou não quis administrar, fugindo de audiência pública, escondendo um parecer jurídico do dia 21 de fevereiro, da Universidade de São Paulo, sendo que hoje vem pedir mais 20 dias para apresentar um parecer que desde o dia 21 já está aqui. "Não tem dúvidas de que não vamos permitir que isso seja feito", disse. Paiva também ratificou as falas do orador popular para dizer que a Guarda Civil, o Pula Catraca sabe onde que chegar e, não quer chegar para fortalecer as empresas de ônibus.
O movimento não quer chegar para a falta de transparência na licitação e na mobilidade urbana do município de Piracicaba. Tem consciência. Segundo Paiva, o pior é que algumas pessoas que participaram do evento são ligados aos mandatos e à própria Casa, num momento em que o evento não era da Casa. "Quando a gente cede o nosso espaço e, eu faço isso constantemente com o Sindicato, a logística do evento fica por conta do cessionário, daquele que recebeu para usar o espaço e, tiveram envolvimento, falando de palavras que não se devia pra lideranças populares, como foi dita à liderança do Gilda e do Bosques do Lenheiro que naquele momento estavam junto com o Pula Catraca", disse.
A reflexão que se faz é perguntar sobre de quem é a culpa, indagou o vereador Paiva, sendo que cabe à cada setor pensar um pouco, colocar a cabeça no travesseiro e verificar quem está provocando isso em Piracicaba, quem não publicou o edital do novo preço da tarifa, quem disse que a reunião do Conselho Tarifário foi no dia 26 e apresentou ao vereador Paulo Camolesi (PV) que a reunião foi no dia 17, sendo que pra dar córum ainda foi assinado por um representante que é parente do presidente da associação das empresas do transporte urbano de Piracicaba.
"Então é isso que está envolvendo, sendo que as pessoas tem perguntado por que de novo o Pula Catraca estava lá. A consideração é que o movimento está hoje, amanhã, quarta e quinta-feira para fazer essa discussão, sendo que talves os estudantes que estão no movimento nem precisem tanto", disse.
Paiva informou que uma pessoa foi verificar o movimento e, constatou que foram mais de duas mil pessoas que aguardavam o Pula Catraca para adentrarem ao Terminal de Integração, sendo que foram tantos atos de confusão legal, para não dizer de ilegalidade que o Minitério Público vai ser obrigado a entrar na questão, observando que a luta não vai parar, sendo que as fotos apresentadas na reunião ordinária de ontem monstram isso.
"Eu, como legislador não me sinto bem com o posicionamento desta Casa", disse Paiva, que também lembrou do dia em que era pra ter ocorrido na Câmara uma audiência pública, sendo que foi feito uma reunião. Paiva lembra que quando chegou na Câmara tinha mais viaturas do que manifestante, sendo que teve um parlamentar que o acusou de ser destemperado, por ser derrotado. Paiva reafirmou sua condição de ex-guarda mirim e, comentou sobre seu pai, que ficou paralítico, num evento no colégio Dom Bosco, que afetou a sua coluna, quando abaixava a grelha.
"Fui pra Guarda Mirim pra conquistar as coisas na luta, sendo que às vezes, com a burguesia temos que dar alguns gritos, sendo que os coronéis não usavam gritos não e, sim usavam a forma de acabar com a vida das pessoas na calada da noite, com ameaças, a exemplo de dizer que vai colocar alguma coisa, encontrar com vocês pelas ruas", disse Paiva com as situações que foram relatadas por jovens no sábado.
Paiva também citou o que fizeram com a Dani, numa noite dessas quando ela estava num ônibus e se propôs a pular a catraca. Pararam o coletivo, levando-a à delegacia para fazer um Boletim de Ocorrência. "Agora, tem gente que acha que isso é um absurdo, só que as lutas, tem muita gente que não participou de lutas, daí vem e participam apenas de um processo de construção e, acham um absurdo que as pessoas venham a se manifestar. Não tenha dúvidas que precisamos corrigir, sendo que diariamente tenho me fiscalizado, pra que não cometa exageros, equívocos. Tenho tentado me policiar e tenho conversado, fui aqui, por diversas vêzes atuado em manifestações do Reaja. A recomendação é que não são todos e, que se julguem as ações políticas, tendo todo o direito de continuar se manifestando, de se articular e levar o debate pra frente, pra chegar no legislativo que queremos, que executivo queremos, que país nós queremos e que controle social do poder público. Nós não podemos ter medo de controle social do poder público. Nós somos remunerados pra sermos agentes sociais e submetemos ao controle de fiscalização do poder público", disse.
Paiva também comentou sobre o teor de moção que deu entrada na Câmara, de apelo pra revogação de PEC para o Ministério Público não fiscalizar mais, que não investigue. "Tem que deixar investigar sim. O ministério público e todos os organismos, principalmente o movimento social. Fiscalizar para deixar às claras. Quem tem medo da fiscalização já ficou lá atrás, enterrado com o golpe militar. Nós fazemos parte de uma geração, que alguns de nossos antepassados contruíram o movimento democrático, o que nos estimula a continuar nos manifestando em forma independente pra que a gente ainda possa construir a passos mais significativos. Não tenha dúvidas que ficaremos orgulhos e, hoje tenho conosco um momento de reflexão. Piracicaba não precisava ser manchete no último domingo pelos fatos ocorridos dentro da Casa. Nós precisamos aprender que democracia não se faz com a polícia e sim com políticas de inclusão e respeito da dignidade de manifestação popular", concluiu o parlamentar.
Martim Vieira Mtb 21.939
Foto: Fabrice Desmonts Mtb 22.946
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