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Integrante da Procuradoria da Mulher, Rai de Almeida promoveu formação para alunos de Design, que vão elaborar cartazes da campanha de combate à violência contra a mulher
“Qualquer tipo de violência ou preconceito nós temos que combater”, disse Rai de Almeida
Crédito: Samuca MiazakiUma mulher é estuprada a cada dez minutos no país...Três mulheres são vítimas de feminicídio a cada dia...61% das vítimas são negras. Esses são alguns dos dados estatísticos de violência à mulher no Brasil, apresentados pela vereadora Rai de Almeida (PT) aos alunos do curso técnico em Design Gráfico do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) Piracicaba, na tarde desta segunda-feira (19). O objetivo proposto pela vereadora, que integra a Procuradoria Especial da Mulher da Câmara, e pela coordenadora administrativa do curso, Mariangela Brugnerotto, é a busca por parceria na criação dos cartazes que serão distribuídos em estabelecimentos comerciais do município.
As advogadas e representantes do Cram (Centro de Referência de Atendimento à Mulher), Zaira Barakat Pimentel, e do Conselho Municipal da Mulher, Ana Rosa Siviero Goularte e a guarda civil municipal, Luciane Cristina Silva Tovar, integrante da Patrulha Maria da Penha, acompanharam a parlamentar na apresentação da Campanha de Combate à Violência Contra a Mulher.
“Vocês serão os protagonistas dessa campanha em defesa da vida”, disse a parlamentar. A vereadora explicou que “a campanha é de extrema importância. As mulheres precisam romper com a violência, os homens precisam sair do ciclo de agressão e viver outro modo de vida: a não violência”.
A parlamentar lembrou que o ato de violência não é só a marca visível deixada na pele. Ela ressalta que o ato vai além e que muitas mulheres não percebem a agressão muitas vezes rotineira, vista como “natural” na sociedade, mas que pode ser detectada em alguns gestos. “A agressão começa com tapas, beliscões, empurrões, até progredir a pequenas manchas”, explicou a parlamentar, ao dizer que “a violência aumenta e não é percebida”
Zaira explicou que dentro do ciclo de violência pode ser classificada também a psicológica, disfarçada em cenas de ciúmes, atos de humilhação e até mesmo a indução ao aborto.
Rai de Almeida também citou que muitas mulheres demoram a fazer denúncias por medo, vergonha e até mesmo por questões religiosas. Ela lembrou ainda frases ditas pós agressões como fatores de reconciliação: “me desculpe”, “eu te amo”, “não vai acontecer mais”, usadas para induzir a mulher a permanecer num relacionamento abusivo, o que, em alguns casos, termina em feminicídio.
Durante o bate-papo com os alunos, dúvidas foram tiradas em relação ao tema e às artes dos cartazes. Ideias de cores, frases e opiniões ajudaram a compor o planejamento do projeto a ser desenvolvido, que tem poucas referências como ponto de partida. Mas de teor “poético”, como citado pela parlamentar, com capacidade de induzir as pessoas à reflexão, que toque a sensibilidade somente ao olhar, com mensagens de impacto e, ao mesmo tempo, um teor de choque.
Os alunos aceitaram o desafio para auxiliar as vidas que necessitam de ajuda e que, muitas vezes, em silêncio, pedem socorro. “Uma arte para sensibilizar e fazer com que o agressor saia do ciclo de violência ao se reconhecer na cena", disse a vereadora. Rai de Almeida disse que Piracicaba não tem políticas públicas para as mulheres e que essa concepção tem que ser sistêmica e tornar-se política de Estado e não do governo, para que atenda as mulheres em sua plenitude. Ana Rosa complementou que alguns estados já usam essa concepção, mas ainda é um fator de governo.
A parlamentar lembrou das travestis e mulheres transexuais e ressaltou que o Brasil é o país que mais mata homossexuais. “A nossa sociedade tem muito preconceito com o que é adverso”, disse.
Luciane explicou aos alunos como são desenvolvidos os serviços da Patrulha Maria da Penha, como funciona a medida protetiva e do aplicativo S.O.S Mulher Piracicaba, através do qual a vítima consegue acionar a corporação num prazo de três segundos e a viatura mais próxima se locomove ao local da ocorrência.
Alguns canais de denúncia foram divulgados para ajudar as vítimas, como o Disk 100, Delegacia de Defesa da Mulher, Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e o número 153, em casos de a vítima já ter a medida protetiva.
“Qualquer tipo de violência ou preconceito nós temos que combater”, finalizou Rai de Almeida.
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