O diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sérgio Razera, seguido pelo diretor administro-financeiro, Ivens Oliveira, na 45ª reunião ordinária de ontem (26) ocuparam a tribuna popular da Câmara de Vereadores para reforçar a importância da doação de área para construção da nova sede da entidade, que reflete o pioneirismo de Piracicaba perante a defesa hidrográfica das bacias dos rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari, abrangendo 76 municípios, em área superior a 15 mil metros quadrados, com 5,5 milhões de habitantes. A área requerida está situada no Parque Tecnológico e, sua doação depende de projeto a ser apresentado na Câmara. 

Nos seis minutos e quarenta segundos a que teve o direito de fala, Sérgio Razera abordou sobre a bacia hidrográfica, que tem uma situação muito crítica, onde temos uma disponibilidade hídrica parecida com o deserto do Saara, no período de pouca chuva. "Por isso precisamos de barragem, um mal necessário", disse.

Razera mostrou que nossa produção é de 43 mil litros por segundo, numa região que representa 7% do PIB nacional, somado aos 20% da nossa produção de água que serve para abastecer a grande São Paulo, no Sistema Cantareira.

"Quando esse riozinho chamado Piracicaba para, para o Brasil", disse Razera se referindo ao que aconteceu nos anos de 2013 e 2014.

Razera também discorreu sobre a "família PCJ", das cinco entidades com este termo e explicou cada uma delas: comitê da bacia PCJ, Agência PCJ, Consórcio PCJ, Ares PCJ, Gaema PCJ. E, ainda ressaltou os 728 projetos que foram deliberados a partir da cobrança pelo uso da água, iniciativa pioneira de Piracicaba.

Razera concluiu suas observações na apresentação dos principais exemplos de ações do PCJ frente à defesa do passivo ambiental das bacias hidrográficas, que também contemplam intervenções na bacia do rio Corumbataí, com reflexo no abastecimento de água na cidade de Piracicaba. Além de considerar impactos no saneamento, onde saímos de um patamar de 3% de coleta em 2003 para 90% em 2019, com 75% de esgoto tratado.