Durante a 25ª reunião ordinária, realizada nesta segunda-feira (25), jornalista José Edvaldo Brito, que foi candidato a prefeito nas últimas eleições, usou a tribuna popular sobre a situação administrativa município e afirmou que, para mudá-la é preciso ter coragem. Ele alertou os vereadores sobre os riscos de um colapso no município, devido a ações de administrações anteriores.

Brito iniciou sua fala destacando que não possui cargos públicos e não pretende mais disputar eleições. Ressaltou que estudou a cidade ao longo de 12 anos e que, a partir de agora, pretende atuar como cidadão fiscalizador. “Não tenho rabo preso com ninguém. Estudei essa cidade profundamente e sei o tamanho do abacaxi que os senhores pegaram”, afirmou.

Segundo ele, parte do orçamento está comprometido com saúde, educação e folha de pagamento, deixando pequena margem para investimento nas demais secretarias.

Ele também falou sobre a falta do recolhimento do imposto patronal para a aposentadoria de servidores municipais, o que, segundo ele, gerou uma dívida de quase R$ 3 bilhões ao município. “Só este ano são R$ 200 milhões que a Prefeitura terá que pagar de 2.800 aposentados. Se nada for feito, a cidade vai colapsar”, alertou.

Brito citou também que parte da população paga impostos baseados no valor venal dos imóveis, enquanto a população mais pobre arca com o valor real. “Isso é sonegação. É crime. E eu vou denunciar ao Ministério Público”, declarou.

Em sua fala, também citou o ex-presidente da Câmara, vereador Wagner Oliveira (PSD), o Wagnão, por ter pautado o reajuste salarial do prefeito, medida que, segundo ele, evitou a evasão de médicos do sistema público. 

Por fim, Brito anunciou seu desligamento do partido Avante, para seguir atuando exclusivamente como cidadão. A presidência do partido será assumida pelo vereador Gustavo Pompeo. Disse ainda que, como jornalista, veículos de comunicação da cidade irão acompanhar e divulgar os trabalhos do Legislativo e Executivo Municipal, mesmo que sejam impopulares.