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Livro da historiadora Marly Therezinha Germano Perecin será lançado no aniversário do bicentenário
Livro sobre os 200 anos da Câmara é fruto de anos de pesquisa desenvolvida pela historiadora Marly Therezinha Germano Perecin
Crédito: Davi Negri - MTB 20.499A instalação da Câmara Municipal de Piracicaba, em 11 de agosto de 1822, ocorreu em meio a um cenário político de muitos conflitos no país. Foi nesse contexto de luta pela liberdade e de revolução social que surgiu a instituição que, há 200 anos, é pautada pela vontade popular. Os fatos históricos que resultaram no surgimento da Câmara e da Vila Nova da Constituição são retratados no livro “Uma comunidade do Oeste Paulista – Os duzentos anos de instalação da Câmara Municipal da Vila Nova da Constituição, 1822”, de autoria da historiadora Marly Therezinha Germano Perecin.
A publicação marca as comemorações do bicentenário do Poder Legislativo na cidade, cujo lançamento será realizado na sessão solene do aniversário da Casa, nesta quinta-feira (11), a partir das 19 horas, no Salão Nobre “Helly de Campos Melges”. O livro é fruto de uma pesquisa de vários anos desenvolvida pela historiadora, em consulta ao Setor de Gestão de Documentação e Arquivo da Câmara e também ao Departamento de Arquivo do Estado de São Paulo, além de manuscritos inéditos.
“Acrescentei o resultado das minhas próprias pesquisas ao longo dos anos, desenvolvi temas internos, aprimorei constatações, contextualizei o período no grande fluxo da história brasileira”, diz a autora, na introdução do livro. “Na Câmara Municipal de Piracicaba está uma das páginas mais importantes da nossa história brasileira. Não basta reconhecê-la, é preciso contar como tudo começou, ainda no século XVIII, para que se possa dar e compreender o seu verdadeiro significado”, reforça ela.
A Câmara se responsabilizou pela publicação de mil exemplares, que serão distribuídos gratuitamente neste ano de comemoração. A autora doou os direitos sobre a primeira edição do livro.
A professora Marly Therezinha Germano Perecin cursou a faculdade de História na PUC-Campinas, fez mestrado em História na PUC-SP e concluiu o doutorado em História Social do Brasil pela USP. É membro-fundadora do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba).
“A instalação da Câmara Municipal possui uma história incrível e belíssima”, destaca a professora Marly Therezinha Germano Perecin. “Muito original porque, desde o nascimento até a instituição da Câmara Municipal, Piracicaba foi diferente de todas as comunidades paulistas. Era uma freguesia ínfima, com uma igrejinha construída na margem direita do rio e já estava quase em ruínas quando foi necessário mudar a povoação para o outro lado do rio. E a povoação da margem esquerda só se desenvolveu quando a agroindústria canavieira adquiriu prestígio no oeste paulista”.
Contexto político - O livro sobre a instalação da Câmara foi produzido pela historiadora durante a pandemia. Ela lembra que as anotações já estavam prontas, após vários anos de pesquisa, e faltava apenas a construção narrativa. “A instalação da Câmara foi um fato problemático. Aconteceu 27 dias antes da Independência do Brasil, em meio a um conflito político que existia entre Brasil e Portugal, entre colonialistas e anticolonialistas, entre os que eram a favor da elevação da vila e os que eram contra”, contou. “O oeste se colocou em pé de guerra, a ponto de formar um exército de civis centrados em Itu e Piracicaba chegou a mandar militares caso houvesse uma guerra civil pela Independência do Brasil e pela regência do príncipe. Por isso, o príncipe Dom Pedro I manda seus cumprimentos à Câmara de Piracicaba por sua posição a favor da Independência”.
A historiadora destaca a postura da cidade em favor da liberdade. “A tomada de posição da Câmara a favor do príncipe e da Independência foi o ato mais bonito de toda a sua geração”, avaliou. Ela lembra que, nesse mesmo contexto em que Piracicaba era elevada à categoria de vila, acontecia uma revolução social dentro da cidade, situação que não se configurou no processo de formação de nenhuma outra comunidade paulista. O povo era formado pelas pessoas que não tinham o status de proprietários de terra e era denominado “gentalha” ou “ralé”, constituído por homens livres pobres, artesãos, jornaleiros, oficiais mecânicos, os trabalhadores em geral.
Foi essa “gentalha” que se colocou ao lado dos liberais e promoveu a revolução na cidade, derrubando as cercas das propriedades que invadiam o “rossio”, que eram as áreas que por direito caberiam à vila, ou seja, os espaços públicos. “Foi a primeira revolução social que vimos dentro das vilas paulistas”, conclui a professora. “Foi também durante a instalação da Câmara Municipal que Piracicaba aprendeu a votar e a escolher com uma certa liberdade os seus candidatos. Por isso, foi um momento de grandes conflitos, da luta pela liberdade e para fazer valer a vontade de um povo que era ignorado, que fez força para ser entendido. A escola da liberdade dos paulistas é a Câmara”.
Pesquisa - Esses e outros fatos históricos estão retratados no livro comemorativo ao bicentenário da Câmara Municipal de Piracicaba. Em 243 páginas, sete capítulos e conclusão, foram relatados acontecimentos retratados em documentos históricos, além da reprodução de imagens autênticas da época da instalação.
A capa conta com uma reprodução do óleo sobre tela “Mudança de Povoação”, de Alberto Thomazi, que integra o acervo do Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes. O projeto gráfico e diagramação do livro ficaram sob a responsabilidade dos designers Saulo Macedo e Luciano Negreiros, do Departamento de Comunicação Social da Câmara, e a supervisão de Rodrigo Alves, chefe do departamento.
“O conteúdo do livro é fantástico e a história é maravilhosa”, avalia o presidente da Câmara, vereador Gilmar Rotta (PP), que assina a apresentação do livro. “A professora Marly possui um conhecimento riquíssimo e ela conta a história com paixão por Piracicaba e pelo trabalho que faz”. Já o prefácio ficou por conta do ex-presidente da Câmara Municipal de Piracicaba, Antonio Messias Galdino.
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