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Ilumina pode fechar em 4 meses por falta de recursos, diz fundadora
Reunião do Grupo de Trabalho (GT) da Rede de Atendimento e Proteção à Mulher recebeu a participação de Adriana Brasil, fundadora da Fundação Ilumina
Reunião do Grupo de Trabalho (GT) da Rede de Atendimento e Proteção à Mulher aconteceu nesta terça-feira (16)
A Fundação Ilumina pode fechar em quatro meses se não receber ajuda financeira, de acordo com uma das fundadoras, a médica Adriana Brasil. Ela participou da reunião mensal do Grupo de Trabalho (GT) da Rede de Atendimento e Proteção à Mulher na manhã desta terça-feira (16), via Zoom, e pontuou que o hospital - focado em prevenção ao câncer por meio de diagnósticos precoces e educação da população – passa por dificuldades em pagar funcionários devido ao não repasse de emendas pelo Executivo. A médica explicou que a fundação se sustenta atualmente pelo apoio de emprestas do setor privado e por doações da população por meio de Pix.
A reunião foi conduzida pela vereadora Rai de Almeida (PT) e teve a participação da presidente do Conselho Municipal da Mulher, Lia Mara de Oliveira, da coordenadora do Cram (Centro de Referência de Atendimento à Mulher), Fabiana Menegin, representantes da Patrulha Maria da Penha, ONGs e sociedade civil, com exposições sobre a Fundação Ilumina por Adriana Brasil. A reunião ainda abordou serviços realizados pelo Cram e campanhas de conscientização sobre prevenção à gravidez.
Nesta reunião, a fundadora da Fundação Ilumina, Adriana Brasil, apresentou dados sobre o tratamento precoce de doenças como o câncer de mama, com exames de mamografia realizados em cerca de 2 mil pessoas por meio da Carreta Ilumina, unidade móvel de diagnóstico.
A médica pontuou que a unidade possibilita alcançar mulheres que não teriam condições de ir até o hospital realizar os exames. “Pelo menos 10% das mulheres atendidas tinham que dar o endereço do vizinho porque o marido não deixava fazer mamografia”, disse. A fundadora destacou que este atendimento está comprometido devido à falta de recursos.
Para a vereadora Rai de Almeida, existe um desinteresse do Poder Público em financiar projetos como o da Fundação Ilumina diante da prevalência dos interesses da indústria farmacêutica. “Quando trabalhamos com a prevenção o sistema perde. Existe um culto à doença”, comentou a parlamentar.
A fundadora também ressaltou que a fundação precisou fechar setores como o de cirurgia e endoscopia, devido aos atrasos de pagamento de salários, e lançou a campanha Um Milhão de Amigos, para arrecadação de recursos. Adriana comentou, ainda, que a falta de diálogo com o Executivo dificulta a situação. “Chegamos à conclusão de que isso não é um problema do Ilumina, mas do Ministério Público agora”, disse.
As conselheiras da Rede de Atendimento e Proteção à Mulher decidiram, durante a reunião, que buscarão apoiar o projeto da Fundação Ilumina por meio do inquérito que foi instaurado no Ministério Público de acordo com Adriana. A rede também se prontificou a divulgar a campanha de arrecadação de fundos Um Milhão de Amigos.
A rede deliberou ainda sobre a programação de eventos para conscientização sobre a violência contra a mulher, entrega de moção pela campanha de arrecadação de absorventes e outras atividades.
As vereadoras Rai de Almeida, Silvia Morales (PV), do mandato coletivo A Cidade é Sua, Ana Pavão (PL) e Alessandra Bellucci (Republicanos) integram a Procuradoria Especial da Mulher que, juntamente com Conselho Municipal da Mulher e com o Cram, coordena o Grupo de Trabalho da Rede de Atendimento e Proteção à Mulher.
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