O orador Marco Antonio Rosa Ferreira usou a Tribuna Popular da Câmara Municipal de Piracicaba, nesta segunda-feira (24), durante a 14ª Reunião Ordinária, para criticar o que avalia como cobrança indevida nas contas de água e esgoto pelo Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto). Ele abordou principalmente o escalonamento da cobrança da tarifa de água para a categoria comercial.

O orador distribuiu para os vereadores cálculos sobre a conta de água de uma padaria ao longo do tempo, como exemplo. Com consumo médio de 55 metros cúbicos, que não se elevou drasticamente, a conta, segundo Ferreira, deveria ser de R$ 492, conforme a tarifa comercial. No entanto, o estabelecimento pagou R$ 2.026 devido a escalonamentos que ele considera indevidos e ilegais. Segundo o orador, houve escalonamentos para esse consumir aos 11 metros cúbicos, depois aos 16, outro aos 21, aos 26, 31, 41 e, ao consumo de 51 metros cúbicos, foi estabelecida a cobrança de R$ 29 o metro cúbico.

“É permitido o escalonamento se houver desperdício, mas se a padaria gasta todo o ano a mesma média de água, não há. E deveria pagar R$ 6,25 o metro cúbico”, afirmou. “O Semae está tendo um lucro em cima de uma categoria que não precisaria de escalonamento”. Para o orador, a situação deveria ser fiscalizada pela Câmara.

Em relação ao esgoto, o orador criticou que nem sequer o escalonamento é previsto ou a cobrança por categoria, mas sim a cobrança por preço fixo. “Não existe escalonamento de esgoto e o Semae está lucrando mais de um milhão por mês só em padarias”, colocou.

Sobre o tema, os vereadores Gesiel Alves Maria (MDB), o Gesiel de Madureira, e Renan Paes (PL), relataram que já receberam diversas reclamações sobre a cobrança de água e esgoto, como até mesmo em localidades que não possuem captação de esgoto e mesmo assim os moradores são cobrados.

Confira, no vídeo, o discurso completo do orador.