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Cecília de Lara Haddad, em discurso na tribuna popular desta quinta (24), aponta problemas em extinção de comissão multidisciplinar de análise em PLC do Executivo
Cecília de Lara Haddad, advogada, especialista mestre e doutora em direito ambiental pela USP
Crédito: Guilherme Leite - MTB 21.401As propostas de alterações em procedimentos de análise de projetos urbanísticos na cidade, trazidas pelo projeto de lei complementar 05/2025, de autoria do Executivo e que tramita na Câmara, foram abordadas na tribuna popular desta quinta-feira (24) pela advogada, especialista mestre e doutora em direito ambiental pela USP, Cecília de Lara Haddad.
O projeto, que traz alterações na Lei Complementar nº 421, de 15 de dezembro de 2.020,de acordo com o Executivo, visa implementar medidas de agilização na análise de projetos urbanísticos e, para tanto, centraliza o gerenciamento dessas análises na Secretaria Municipal de Obras, Infraestrutura e Serviços Públicos.
De acordo com a oradora, a propositura extingue a CAP (Comissão Técnica de Análise e Parecer em Projetos de Parcelamento do Solo), composta por diversas secretarias, pelo Procurador-Geral do município e pelo Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), e que tinha a atribuição de proceder às análises dos projetos.
“A CAP é uma comissão que foi organizada para fazer a análise e parecer de todos os parcelamentos de solo do nosso município. Por que ela é extremamente importante? Porque ela é um colegiado multidisciplinar, composto por secretarias diversas”, pontuou Cecília.
Ainda segundo a especialista, a Comissão, ao emitir o parecer, ao trazer olhar multidisciplinares, consegue definir contrapartidas àquilo que não concorda.
“Por ser uma comissão multidisciplinar, está aí a sua grande contribuição. Por quê? Um mesmo assunto, que é o parcelamento do solo, vai ser analisado por pessoas de diferentes olhares, de diferentes formações, com diferentes pontos de vista, numa oportunidade de um diálogo horizontal”, falou.
Ela acrescentou: “o pilar do sucesso dessa CAP é justamente isso, essa multidisciplinaridade, essa diferença de olhares e decisões mais afetadas, levando em consideração interesses que não são tão dominantes e são, às vezes, muitos hipossuficientes na nossa sociedade, como por exemplo, a questão socioambiental”.
Cecília também defendeu que, ao extinguir a CAP, “nós vamos, com certeza absoluta, ter um agravamento dos problemas já existentes, justamente pela falta da votação em um colegiado, da apreciação em um colegiado. Por exemplo, o precário abastecimento de água, a negligência na urbanização urbana, o aumento de desmatamentos ilegais, o agravamento no problema de saneamento básico e, consequentemente, a poluição de rios e córregos, dificuldade de mobilidade urbana e prejuízos significativos à proteção do patrimônio histórico e cultural da cidade. Por quê? Porque ao extinguir essa comissão, apenas um representante de uma secretaria vai fazer a emissão desse parecer. Nobres vereadores e nobres vereadoras, é muito delicado delegar uma questão tão importante no nosso município a um representante, com um ponto de vista e que não representa a sociedade, que é diversa e conflituosa nos seus valores, e que precisa ser considerado”.
Ela finalizou: “essa mudança, sem uma prévia audiência pública, também se torna ilegal, o que contraria o estado democrático de direito”.
O discurso completo de Cecília de Lara Haddad pode ser revisto no vídeo acima.
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