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Reflexão sobre masculinidade é tema debate pela Escola do Legislativo
Evento Cine debate "O silêncio dos homens" propôs reflexões sobre o modelo masculino imposto em homens e meninos e seus comportamentos inadequados na interação social
Evento realizado pela Escola do Legislativo foi em alusão ao "Agosto Lilás", uma campanha de combate à violência contra a mulher
Crédito: Rubens Cardia (MTB 27.118)A Escola do Legislativo da Câmara Municipal realizou, no dia 20 de agosto, o cine debate "O silêncio dos homens". O evento foi em alusão ao "Agosto Lilás", uma campanha realizada anualmente no mês de referência que tem, como objetivo, conscientizar e combater a violência contra a mulher pautada na lei Maria da Penha, Lei Federal nº 11.340/ 2006.
A obra cinematográfica “O Silêncio dos Homens” aborda o contexto sobre o modelo masculino imposto em homens e meninos que deixam de compartilhar seus sentimentos o que, consequentemente, geram conflitos internos que podem ocasionar diversos problemas como atos de violência, suicídio, assédio dentre outros comportamentos inadequados na interação social. A obra, no entanto, conduz o indivíduo a refletir sobre tais ações.
O documentário exibido na sala da Escola teve, em seu segundo tempo, um debate onde os participantes puderam expor suas reflexões, experiências direta ou indiretamente ou ainda, tirar dúvidas. O evento foi conduzido por Rosália Toledo Veiga Ometto, advogada atuante há 30 anos, autora de obras jurídicas e representante SMM (Sociedade Metodista de Mulheres) da CMP (Catedral Metodista de Piracicaba) na rede de atendimento de proteção às mulheres de Piracicaba.
Participaram como ouvintes, as vereadoras Rai de Almeida (PT) também procuradora especial da mulher e Silvia Morales (PV), do mandato coletivo A Cidade é sua e coordenadora da Escola do Legislativo.
Rosália apresentou números da violência e homicídios analisados por gênero, raça entre outros, praticados no país com publicação no Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
De acordo com Rosália, os dados apontam, em 2024, uma crescente onda de violência sendo: 1 estupro a cada 6 minutos - um aumento de 6,5% -, importunação sexual 48,7%. Os dados apontam ainda, que 90% dos assassinos de mulheres são homens. Relacionados ao perfil de vítimas: 76% eram vulneráveis, 88,2% eram sexo feminino e 52,2% negros. Já no perfil do assassino: 63% parceiro íntimo, 21,2% ex-parceiro íntimo e 8,7% familiar.
"Um homem violento quando acuado explode mais. É um mecanismo que precisa de um ajuste", disse a palestrante e ressaltou a importância que o documentário apresenta à sociedade. "Pensar no silêncio dos homens pode ajudar a diminuir os números de incidentes no Brasil".
Durante o debate, os participantes declararam sua opiniões e diseram que "a sociedade é machista e patriarcal. "Nós mulheres também reproduzimos comportamentos aos filhos de que não pode chorar ou demonstrar fraqueza", disse Fabiana Menegon, coordenadora do Cram (Centro de Referência de Atendimento à Mulher).
"É triste ver o homem crescer com essa pressão de ser bom em todos os aspectos e a mulher na posição de sempre cuidar e proteger", disse Rai de Almeida.
Os participantes complementaram ao dizer que a violência está em todos os lugares e a sociedade está acondicionada ao risco o tempo todo, todavia o homem, na posição de agressor, tem sua escolha e que muitos quando não aprendem a compartilhar seus sentimentos em seu laço familiar tem a oportunidade de aprender ao observar outros homens.
O psicólogo Bruno Alexandre Bonifácio disse que o assunto lhe é familiar, pois atende pessoas que apresentam queixas semelhantes. Ele complementou que todas as pessoas passam pelas mesmas situações, porém, de forma diferente. "O que mais me inquieta é a questão sentimental. Tem coisas que as palavras não alcançam. É difícil viver o que cada um vive, só a gente sabe o que é passar pelas experiências".
"É uma pena que são muitos poucos os homens a participarem desse evento, seria interessante que tivesse mais. Em todos os eventos que eu vou, a presença da mulher é sempre maior", disse o aposentado Sérgio Aniger Begiato ao fazer referência que, dos 36 participantes, somente quatro eram homens.
Sérgio complementou ao dizer que "o filme deveria ser exibido em escolas para educar desde criança, pois na fase adulta, é muito difícil o homem mudar".
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