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Reunião discute campanha para combater violência contra mulheres
Poder público, entidades privadas e do terceiro setor reuniram-se na Câmara Municipal de Piracicaba para debater campanha de combate à violência de gênero
Reunião realizada na sala de reuniões do prédio Anexo da Câmara congregou representantes do poder público, entidades privadas e do terceiro setor
A Câmara Municipal de Piracicaba sediou na tarde desta terça-feira (3), na sala de reuniões do prédio anexo, uma reunião com representantes do poder público, de entidades do terceiro setor e da iniciativa privada para discutir uma campanha voltada ao combate à violência contra a mulher.
Coordenada pelas vereadoras Rai de Almeida (PT) e Sílvia Morales (PV), do Mandato Coletivo “A Cidade é Sua!”, ambas Procuradoras Especiais da Mulher da Câmara, essa é a segunda reunião do grupo, e teve como objetivo principal debater estratégias para adaptar à realidade local uma campanha realizada na Espanha e no norte de Portugal que, por meio da colocação em massa de cartazes em diversos estabelecimentos públicos e privados, conseguiu diminuir significativamente os índices de violência contra as mulheres.
É o que relata Célia Regina Rossi, professora doutora da Unesp (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”), campus Rio Claro, que também é coordenadora da Rede Acampa no Brasil, instituição dedicada à defesa da paz e do direito ao refúgio:
“Eu fui para uma reunião da rede Acampa, cuja sede é na Galícia (Espanha). Passeando pelas ruas de lá, já em 2019, antes da pandemia, eu tive a oportunidade de ver a existência de muitos cartazes em lojas, supermercados, farmácias, em postos de gasolina, e que buscavam chamar a atenção, principalmente dos homens, em relação à violência contra as mulheres. Eram cartazes com dizeres do tipo “machismo não”, “não à violência de gênero”, “as mulheres merecem respeito”, cartazes que lá faziam muito sucesso, e isso teve uma diminuição muito forte na violência contra a mulher”, disse.
Segundo Rai de Almeida, em Piracicaba, o objetivo é que cada instituição desenvolva cartazes e outros materiais audiovisuais voltados ao público por ela atendido. As instituições, no entanto, podem se apoiar umas nas outras e se utilizar dos recursos disponibilizados pelo grupo para desenvolverem ações conjuntas.
“Cada instituição tem a sua autonomia de, analisado o perfil do público que atende, fazer o seu próprio cartaz. Esse material também precisará ser modificado de tempos em tempos, para que não nos habituemos visualmente com ele. Temos uma sociedade, infelizmente, em que a violência contra a mulher é naturalizada, e nós precisamos desnaturaliza-la, fazer com que as pessoas que estão inseridas nesse ciclo de violência possam rompe-lo, que as mulheres não tenham medo do seu parceiro, que possa existir uma relação de respeito mútuo e uma relação de viver bem”, destacou a parlamentar.
Durante a reunião, que congregou representantes da secretaria municipal de Governo, da secretaria da Educação, da Guarda Civil Municipal, da Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), do Sesc (Serviço Social do Comércio), do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), do Sest Senat (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte, da OAB-Piracicaba, (Ordem dos Advogados do Brasil), além de representantes de sindicatos e de Conselhos Municipais, foram relatadas atividades já em desenvolvimento por cada uma destas entidades, com destaque para a realização de palestras e cursos sobre o tema.
“Os cartazes ainda não estão produzidos, mas estão em vias de serem elaborados. No entanto, só de sabermos o que cada entidade tem feito, saber dos cursos que têm oferecido relativos a essa temática, saber o que o poder Executivo e Legislativo estão fazendo, isso já é de grande valia. Às vezes eu sou meio imediatista, mas é muito importante esse trabalho em rede, pois ele fortalece, dá mais peso, é um trabalho que se perpetua, que permanece por muitos anos”, ressaltou Sílvia Morales.
Uma próxima reunião deve ser convocada daqui a dois meses para que as ações realizadas até lá sejam novamente apresentadas e avaliadas pelo grupo.
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