
Frente parlamentar pede cancelamento de edital que prevê pedágios na SP-304
A Câmara de Piracicaba, conforme iniciativa de José Pedro Leite da Silva (PR), realizou na noite de hoje (29), às 19h30, reunião solene em comemoração ao mês do Folclore
A Câmara de Piracicaba, conforme iniciativa do vereador José Pedro Leite da Silva (PR), realizou na noite de hoje (29), às 19h30, reunião solene em comemoração ao mês do Folclore (agosto), instituído pelo Decreto Legislativo 10/99, de autoria do ex-vereador Moacir Bento de Lima (Moacir Siqueira), onde foram homenageados 10 pessoas que se destacaram durante o ano de 2009, em atividades que evidenciam a cultura local: João Aparecido Mazzero Júnior - categoria Cururu, Edemilson José Messias - Comunicador, Noel Antonio Moura - Forró, Joaquim de Oliveira Fornasiero - Compositor, Benedito Luiz do Prado - Samba de Lenço, Laurindo Morato - Violeiro, Luiz Gonçalves Pedroso (Luizão) - categoria Cururu, Marcela Aparecido Pinto da Costa - Viola Caipira, Marly Therezinha Germano Perecin - Historiadora, e Antonio Francisco Alves de Oliveira (Prof. Coruja) - Capoeira.
A solenidade foi transmitida ao vivo, pela TV Câmara, canal 08 da Net e pela rede mundial de computadores, a Internet, através do endereço eletrônico www.camarapiracicaba.sp.gov.br.
Na composição da Mesa de Honra, o presidente da Câmara, José Aparecido Longatto (PSDB), foi representado pelo autor da solenidade, José Pedro Leite da Silva; o representante do prefeito municipal Barjas Negri (PSDB), a diretora da Biblioteca Municipal, Lucila Calheiros Silvestre; representante do deputado estadual Roberto Morais (PPS), o assessor Tarciso Rodrigues e a representante do secretário municipal de Turismo, Omir Lourenço, a arquiteta Lígia Duarte. Além do ex-vereador Moacir Siqueira, nas gestões de 1992 a 2000.
Na abertura da solenidade, a diretora da Biblioteca Municipal, Lucila Calheiros fez a leitura de passagem bíblica, ressaltando o livro dos Salmos, 23, onde a mensagem divina diz que o Senhor é nosso pastor, sendo que nada nos faltará, se confiarmos nosso caminho a ele. Lucila também ocupou a tribuna de honra para saldar os presentes e, comentar sobre sua satisfação de conhecer uma escritora alemã, que escolheu Piracicaba para lançar seu livro, devido ao grande carinho com que foi recebida pela cidade. Lucila citou a passam para registrar a preocupação em se criar o Centro de Tradições Populares em Piracicaba.
A secretária de Desenvolvimento Social Maria Angélica Guercio, e o secretário municipal de Esportes, Pedro Mello, além do vice-presidente da Câmara, João Manoel dos Santos (PTB), justificaram ausência na solenidade.
O ex-vereador e cururueiro, Moacir Siqueira abriu as apresentações culturais, acompanhado do violeiro Alessandro Silva, em improvisações que contaram com a participação da plateia.
O representante do deputado estadual Roberto Morais, Tarcizo Rodrigues ocupou a tribuna de honra da solenidade para cumprimentar a todos os homenageados e participantes.
O presidente da solenidade, José Pedro Leite da Silva destacou a importância da Câmara manter as comemorações alusivas ao mês do folclore, além de citar o legado do artista Moacir Siqueira, em suas apresentações culturais e, da iniciativa de criar legislação específica que coloca em evidência as tradições populares de Piracicaba. José Pedro citou nominalmente os homenageados, enaltecendo as diferentes inserções sociais que estes cidadãos implementam na comunidade piracicabana.
Em tom de reflexão, José Pedro relembrou de Horácio Neto, Abel Bueno, Hilário Franco, Elias dos Bonecos e outros vultos históricos que fazem parte da formação cultural de Piracicaba. Ressaltou o papel da historiadora Marly Perecin, no registro das tradições, consolidando Piracicaba como o berço das culturas regionais.
José Pedro ressaltou o papel preponderante da Comissão Julgadora na escolha dos contemplados do ano, lembrando que o reconhecimento é voltado a todos que se dedicam em defesa da cidade. Considerou a Festa do Divino, com mais de 180 anos de existência. A Festa de São João de Tupi. Além de outras manifestações que fazem a diferença na região de Piracicaba. A defesa é pela manutenção de uma cultura viva, que divulgue a cidade. Citou Zé Rizonho e Carlito, como parte de nossa história mais antiga, para sintetizar que todos são artistas, que mantêm as nossas tradições.
Finalizou suas considerações registrando a felicidade em poder, anualmente, possibilitar uma solenidade em alusão ao folclore. José Pedro lembrou que o Jornal de Piracicaba citou o dia em que o cururueiro Moacir Siqueira perdeu um desafio com ele, no Mirante, durante um jantar. Além de lembrar da importância da criação da Casa do Folclore, onde a cidade possa guardar toda produção artística, o que poderá passar por reserva de espaço específico junto ao Engenho Central, que passa por reformas.
A solenidade também comportou a exibição de um vídeo, sobre os homenageados da noite.
A historiadora Marly Perecin falou em nome dos homenageados. Ressaltou o trabalho individual de cada contemplado da noite. Disse que se tivesse a sabedoria do Siqueira e o toque de Alessandro, sua voz seria mais melodiosa. Porém, considerou sua condição de ovelha negra da família ao não nascer em Piracicaba, sendo que sua família, a 200 anos nasceu aqui. Falou de seu amor pela cidade, e a condição de destaque de Piracicaba em todo o Oeste Paulista.
Comentou sobre sua incursão na música, para fixar seu trabalho na história, onde está o seu tesouro, representado pelos papéis velhos, que representam o seu acervo. Marly se dispôs a explicar duas coisas: Primeira, que somos um povo do qual se orgulha de mais, porém um pouco exótico. "Nós somos o povo caipira, sem ofensa, caçoada, deboche. A explicação é que a palavra caipira vem do indígena, que significa aquele habitante que mora, que anda ao longo de um rio, que corre para cima", disse, ao frisou a diferença entre o caipira e o caiçara.
Citou o Rio Paraíba, e o Vale do Tietê, como duas áreas de concentração de povo com as mesmas características. Disse que os caipiras de Santana do Parnaíba, e Botucatu, representam áreas do caipira do Oeste Paulista, tendo a cidade de Itú como o centro de tudo. "Somos um povo tão antigo que adquiriu características próprias", disse. Citou a formação do caboclo brasileiro. A consideração é que com o desenvolvimento tecnológico, tudo foi alterado, o tipo físico, sendo que o caipira é magrinho, anda muito, tem a sua roça e trabalha muito.
Marly contestou os ditos populares que dizem que o caipira era vagabundo, sendo que o caipira tem suas horas para tudo, da cantoria, à luta, de arma branca, quando os facões se riscam. O combate era corpo a corpo, sendo que nenhum espanhol conquistou o Sudeste. Os paulistas eram gente séria. Quando as autoridades chegavam no Rio de Janeiro, se informavam se podiam subir para São Paulo. "Lutou de facão defendendo nossas fronteiras", destaca.
Como segunda explicação para o Caipira, Marly enfatizou a importância de ninguém se sentir vergonha, o que deve ser motivo de orgulho. Só os próprios povos muito antigos tem orgulho de manter sua língua. Nossas armas atuais são a inteligência e o trabalho, disse.
Marly considerou uma tristeza o que presencia na Festa do Divino, quando as pessoas, cabisbaixa acham que tudo aquilo é uma simples procissão. Discorreu sobre o ano de 1767, quando o culto do divino espírito santo era divulgado pelos português que levaram este culto para as colônias, envolvendo o Brasil e países do continente africano.
A consideração é que o século XVIII foi muito sacrificado, num lugar em que não havia justiça, médico, sendo que era a fé que socorria as famílias ribeirinhas. Assim, pragas como a febre amarela e maleita, não havia que socorresse. "A bandeira do Divino, desde o século XVIII, foi a primeira bandeira, antes do reino de Portugal", disse.
Marly explicou que do lado de lá do Rio Piracicaba havia a igrejinha, marcando o início da povoação, sendo que levou anos para construir uma igreja no lado de cá. Citou o surgimento das tradições, quando havia necessidade de registrar o recebimento da graça, onde os dois bairros, o do rio acima e o do rio abaixo se encontravam, com rojões, trabucadas, bandeirinhas, se reunindo na altura do Chaminé.
A historiadora defendeu a construção de uma igreja Junto à barranca do Rio Piracicaba, bem como a bandeira do divino, que possa ganhar o destaque merecido pela formação histórica de Piracicaba.
A finalização da solenidade aconteceu sob as vozes de Craveiro e Cravinho, na execução do Hino de Piracicaba.
Frente parlamentar pede cancelamento de edital que prevê pedágios na SP-304
Vereadora se reúne com o secretário de Cidadania e Parcerias
Vereadora discute demandas com a secretária de Assistência Social
Vereador pede limpeza de praça no Jardim Parque Jupiá
Vereador visita EE Attilio Vidal Lafrata no Costa Rica com técnicos da Semuttran
Câmara promove solenidade em homenagem ao Dia do Exército Brasileiro
Vereador reforça luta regional para audiência contra pedofilia
Parlamento Metropolitano de Piracicaba empossa novos membros da Mesa Diretora
Aprovado, em primeira discussão, projeto sobre inspeção de elevadores
Vereadora questiona supressão de árvores na rua Chavantes, na Pauliceia
Praça recebe limpeza após pedido encaminhado por vereador
Requerimento questiona atual estrutura do Núcleo de Educação Ambiental (NEA)
Requerimento solicita informações sobre a “Carreta dos Exames”
Vereadora questiona anulação de chamamento público para o "Criança Feliz"
Câmara aprova requerimento sobre contrato com organização de saúde