O vereador André Bandeira (PSDB) questiona a Prefeitura sobre as condições oferecidas às mulheres que buscam atendimento no Mutirão de Especialidades que ocorre na Estação da Paulista. As dúvidas encaminhadas ao Executivo estão no requerimento 467/2025, aprovado nesta segunda-feira (19), na 27ª Reunião Ordinária.

"A iniciativa da Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, em intensificar ações para a saúde da mulher por meio do Mutirão de Especialidades é, sem dúvida, louvável e urgente, considerando o número alarmante de cerca de 23 mil mulheres aguardando por exames ginecológicos, mamografias e ultrassonografias", inicia André Bandeira, na propositura.

"Entretanto, diante da magnitude da ação e da importância do acolhimento humanizado no SUS, torna-se necessário levantar uma questão fundamental: a estrutura física do local onde os atendimentos estão sendo realizados —a Estação da Paulista— está, de fato, adequada para atender com dignidade e conforto todas as pacientes?", pergunta o vereador.

O autor do requerimento diz ter recebido "relatos preocupantes de que, embora os serviços estejam sendo oferecidos gratuitamente, algumas pessoas, especialmente mulheres idosas, têm enfrentado longas filas de espera em pé, muitas vezes sem acesso a bancos, cadeiras ou áreas de espera adequadas".

"Em alguns casos, pacientes acabaram voltando para casa sem realizar o exame por não conseguirem permanecer tanto tempo em pé, o que evidencia uma falha grave no planejamento logístico do mutirão", que, segundo o vereador, "é nobre, mas o cuidado com a saúde começa pela estrutura de acolhimento".

André Bandeira pergunta se há, na Estação da Paulista, cadeiras ou assentos disponíveis em número suficiente para atender as pacientes que aguardam na fila, especialmente idosas
e pessoas com mobilidade reduzida, e se há cobertura adequada no local para proteger de sol, chuva e demais intempéries durante a espera.

O vereador quer saber se está sendo disponibilizada água potável para as pacientes que aguardam atendimento no local, se há servidores ou equipe de apoio para orientar, acolher e prestar suporte a elas durante a espera e se o local possui estrutura sanitária adequada e acessível para atender à demanda diária de pacientes.

O requerimento também indaga qual é o tempo médio de espera na fila desde a chegada da paciente até o momento do atendimento, se existe algum tipo de prioridade ou atendimento diferenciado para pessoas com deficiência, idosas ou gestantes e se houve levantamento prévio da capacidade de atendimento da estrutura física da Estação da Paulista em relação à quantidade de procedimentos ofertados por dia.

Por fim, o parlamentar pergunta se a Secretaria Municipal de Saúde considera viável a ampliação ou a adequação da estrutura de acolhimento no local, caso sejam constatadas falhas ou desconfortos no atendimento, e se foram registradas ocorrências ou desistências por parte de pacientes que não conseguiram permanecer no local em razão de suas condições físicas ou do tempo de espera.