A agilidade para a transferência de pacientes que estão em unidades de pronto-atendimento (UPAs) para hospitais do Município, foi cobrada por vereadores que participaram, na tarde desta segunda-feira (4), das 17ª e 18ª reuniões extraordinárias da Câmara Municipal de Piracicaba.

“A UPA da Vila Rezende, assim como outras, está lotada de cidadãos piracicabanos aguardando vaga para ir para hospital”, disse o vereador Laércio Trevisan Jr. (PL), ao citar o exemplo do “Senhor Euclides”, o qual, segundo ele, precisa de atendimento para evitar que o dedo do pé seja amputado.

“Desde sábado e domingo está esperando, além dele, temos informação de que há pessoas aguardando no corredor da UPA, ou seja, antes eles aguardavam no quarto, agora estão no corredor, isso significa que as coisas pioraram”, disse Trevisan Jr. “E a falta de vaga continua”, enfatizou.

A vereadora Rai de Almeida (PT) classificou que os vereadores “ficam em uma situação bem complicada” por conta da dificuldade de transferência dos pacientes. “Nós sabemos que existem os critérios, o que é importante, mas sempre acaba ficando a pecha de que o vereador não consegue resolver o problema, por isso a Secretaria de Saúde precisa resolver”, destacou.

Presidente da Câmara, o vereador Wagner de Oliveira (Cidadania), o Wagnão, disse que, “até tempos atrás, não estava tendo esse problema (de falta de vagas nos hospitais)”. Ele disse que, em seu gabinete, pelo menos oito pessoas o procuraram para buscar o atendimento nos hospitais. “Precisa comprar mais vagas, porque são vários os casos, um atrás do outro”, disse.

Trevisan Jr. também enfatizou que, nos casos atuais, “a responsabilidade é da Prefeitura”. Ele argumentou que, quando as vagas dos hospitais custeadas pelas verbas de repasse do governo federal são preenchidas, quem deve comprar a chamada ‘vaga zero’ é a Secretaria Municipal de Saúde.