Ato Solene em Comemoração aos 190 Anos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), nas dependências do Memorial da América Latina, na manhã de ontem (5), às 10 horas, contou com a representação da Câmara Municipal de Piracicaba.

O presidente Rerlison Rezende, o Relinho (PSDB), foi representado pelo vice-presidente, Rafael Boer (PRTB). O parlamentar destacou a satisfação de retornar a um espaço legislativo onde atuou, de 2021 a 2024, como funcionário "desta reconhecida instituição, pela sua representação histórica na defesa da luta do povo paulista e, considerado o maior parlamento da América Latina", disse.

O primeiro secretário da atual Mesa Diretora, Thiago Ribeiro (PRD), também prestigiou o Ato Solene e registrou a alegria em participar da cerimônia, além de reconhecer a importância da Câmara de Piracicaba, "que em 2024 completou 202 anos, sendo mais antiga do que a Alesp na representação do povo", enfatizou.

Renan Paes (PL) e Pedro Kawai (PSDB) também estiveram presentes no evento. Paes enfatizou a alegria em rever amigos, deputados e assessores, pois trabalhou por mais de um ano na Alesp, além de falar da "satisfação em integrar a representação de Piracicaba", ponderou.

Já o vereador Kawai, ao lado do ex-governador Rodrigo Garcia (PSDB), reafirmou a importância do "maior parlamento do Brasil", além de reconhecer o quanto a administração de Garcia contribuiu para o desenvolvimento de Piracicaba.

O deputado Alex Madureira (PL) acolheu a comitiva de vereadores de Piracicaba, no reconhecimento da importância dos 190 anos do parlamento paulista. A deputada Professora Bebel (PT) também participou da solenidade.

Cerimônia - O presidente da Alesp, André do Prado (PL), abriu a cerimônia reafirmando o legado da instituição como a "Casa do Povo", onde os servidores são os verdadeiros pilares do parlamento paulista.

Na sequência, o deputado Rogério Nogueira (PSDB), segundo-secretário da Mesa Diretora, no seu 6º mandato, destacou o legado de antigos presidentes, como Barros Munhoz - sete mandatos, Cauê Macris e Rodrigo Garcia, todos do PSDB.

O primeiro-secretário, Teonilio Barba (PT), no seu terceiro mandato, relembrou os "anos de chumbo", período da ditadura, em 1969, em que as Casas Legislativas foram fechadas por força do Ato Institucional nº 5, o que atingiu 26 deputados paulistas cassados. O parlamentar ainda ponderou sobre Theodosina Ribeiro (MDB), primeira mulher negra deputada em São Paulo.

Luciana Jordão, defensora pública do Estado de São Paulo, falou na sequência da solenidade, com ênfase à missão da Alesp, no bem estar coletivo, em celebração à democracia.

Antonio Roque Citadino, presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), referendou, em seu discurso, o legado histórico de  Rodrigues Alves, que na condição de deputado, foi o autor da primeira lei garantindo o ensino público obrigatório, em 1873, o que ainda marcou a sua trajetória política como governador e presidente da República.

Paulo Cesar, procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, considerou que "todo poder emana do povo", em alusão ao movimento que marcou a luta pela Constituição, além de também considerar a lei que proíbe celular nas escolas e da elaboração do Orçamento, que deve contemplar os anseios do povo.

Maria Lúcia (PSDB), deputada no seu 6º mandato, falou na sequência, com destaque ao papel da mulher na sociedade, pela "força e determinação", em suas lutas, o que reflete nas 25 deputadas da atual gestão.

Servidores e colaboradores foram contemplados na solenidade, com destaque à Sônia Regina de Souza, pelos 50 anos de trabalho, seguida por Suzete Freitas e Marta Regina, com 48 anos de atividades, além de outros três servidores que também foram contemplados.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), destacou o papel da manifestação popular, ao encontro da democracia, o que "consolida o povo nas urnas", disse.

Fernando Antonio Torres, presidente do Tribunal de Justiça, também acentuou a força do povo perante a elaboração da Constituição Paulista, que resultou em mais de 300 mil emendas.

Parlamentares de 1970 a 2025 foram contemplados na solenidade, além de ex-presidentes que passaram pelo comando das Mesas Diretoras. E, para falar em nome de todos, o deputado Barros Nunhoz discorreu sobre a trajetória positiva do principal parlamento paulista, na pluralidade de partidos, na composição das gestões. "É hora de darmos as mãos pelo Brasil", concluiu o parlamentar, em discurso aclamado pela maioria dos presentes.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) encerrou a solenidade e considerou a dificuldade em achar palavras depois da fala de Barros Munhoz - tido como um dos maiores oradores na história da Alesp. "Obrigado por incentivar a todos nós", concluiu o governador, considerando os 190 anos do parlamento paulista, "a melhor Assembleia da América Latina", disse.

TRAJETÓRIA - A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, criada em 1835, tem sido um pilar de atuação política e democrática, sendo um símbolo da representação popular e da atuação legislativa, voltada para os interesses e o bem-estar da população paulista. Ao longo de sua longa trajetória, a Alesp esteve presente em momentos cruciais para o desenvolvimento do Estado e do Brasil, sendo uma instituição que não apenas legisla, mas também exerce funções de fiscalização e controle, além de ser um importante canal de diálogo entre o poder público e a sociedade.

O Ato Solene foi uma oportunidade para relembrar a importância da Alesp para a história de São Paulo e para refletir sobre seu papel em momentos decisivos da política estadual e nacional. O evento também serviu para reforçar a relevância do Memorial da América Latina como um espaço de reflexão e celebração da cultura política e histórica da região.