EM PIRACICABA (SP) 11 DE ABRIL DE 2023

Violência nas escolas preocupa vereadores e gera debate na Câmara

Audiência pública para discutir o assunto será realizada no dia 25 de abril




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Crédito: Guilherme Leite - MTB 21.401




A segurança nas escolas de Piracicaba após os episódios de violência registrados recentemente e a ocorrência de ataques a escolas em outros municípios será debatida em audiência pública marcada para a próxima terça-feira (25).

Durante a 18ª reunião ordinária de 2023, nesta segunda-feira (10), os vereadores apontaram possíveis soluções e temas que devem ser abordados na audiência pública.

O vereador Cássio Luiz Barbosa, o Cássio Fala Pira (PL), relatou a preocupação dos pais com a segurança dos filhos nas escolas e alertou para a quantidade de fake news espalhadas, que está causando pânico nas pessoas. “Não é barato um detector de metais, mas educação é investimento e isso serve para segurança”, afirmou o vereador que também é autor da iniciativa para realização da audiência pública.

Ele informou que recebeu informações de que a Delegacia de Polícia de Investigações Gerais (DIG) está investigando a propagação das fake news.

Em aparte, o vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) lembrou que no ano passado encaminhou ao Executivo a média de alunos na região do centro, apontando a necessidade do pelotão escolar na área, no entanto, não recebeu resposta.

Para a vereadora Rai de Almeida (PT), não se pode atribuir a responsabilidade às escolas, já que é um tema da sociedade. “Precisamos fazer uma discussão bastante séria, com muita cautela para não incorrermos em erros. A violência vem de fora, não de dentro da escola”, afirmou.

De acordo com a parlamentar, é necessário envolver outros segmentos na discussão e também ouvir pais e autoridades. Ela sugeriu que fossem convidados para a audiência pública o Conselho da Educação, o Conselho Tutelar, o Sindicato dos Trabalhadores Municipais, o Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (CONESPI) e a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). “Tínhamos guardas municipais na frente da escola, temos que proteger o patrimônio, mas também as crianças nas escolas”, concluiu.

O vereador Gustavo Pompeo (Avante) salientou que além da segurança pública, é necessário discutir a questão da saúde mental. Ele citou casos de ataques ocorridos fora das escolas, como o ataque a facadas dentro de um ônibus que vitimou três pessoas em Piracicaba. “Não dá para colocar na conta da escola, não adianta discutir só o problema, mas tem que discutir a solução”, afirmou.

Segundo a vereadora Alessandra Bellucci (Republicanos), chegamos num momento em que “não sabemos como lidar com tanta maldade”. Já o vereador Valdir Vieira Marques, o Paraná (Cidadania), afirmou que “está faltando Deus dentro das escolas” e defendeu que seja liberada a entrada de padres e pastores para realização de missas e cultos e “orar pelas crianças”. Ele ainda criticou a divulgação de imagens dos ataques em redes sociais: “Isso aí parece que está incitando a acontecer mais”, disse.

O vereador Acácio Godoy (PP) destacou que há anos alerta para a necessidade de desenvolver protocolos de emergência para as escolas. “Há dois anos peço que preparemos o nosso corpo escolar, para agirem e reagirem em qualquer caso de emergência”, disse. Segundo o vereador, o procedimento ajuda a ganhar tempo para salvar vidas e para que as forças de segurança ajam para conter a situação. 

Ele afirmou que a polícia está atenta a quem está proliferando notícias falsas de ataques porque está levando terror aos pais de alunos.

A vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo “A Cidade é Sua” declarou ser “importantíssimo” que seja feita a cobrança para que os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) possam funcionar e elogiou o fato de a polícia estar atenta com a propagação de fake news.

Por se tratar de um “assunto delicado, o vereador Paulo Henrique (Republicanos) defendeu que as discussões sejam levadas para outros lugares. “Vamos fazer mais audiências, vamos juntar a sociedade em todas as áreas para falar sobre isso. Acendeu o alerta, mas essa discussão precisa se expandir e sair das portas da Câmara”, afirmou.

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Texto:  Daniela Teixeira - MTB 61.891
Supervisão:  Rebeca Paroli Makhoul - MTB 25.992
Imagens de TV:  TV Câmara

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