EM PIRACICABA (SP) 16 DE FEVEREIRO DE 2023

Vereadora acompanha visitas do Conselho de Alimentação Escolar

Sílvia Morales acompanhou, na tarde desta quarta (15), visitas feitas pelo Conselho de Alimentação Escolar a duas unidades estaduais e a uma municipal




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Merenda pronta para ser servida na E.M. Décio Miglioranza

Crédito: Guilherme Leite - MTB 21.401


A vereadora Sílvia Morales (PV), do mandato coletivo A Cida é Sua, acompanhou, na tarde desta quarta-feira (15), visitas do Conselho de Alimentação Escolar (CAE) de Piracicaba a escolas do estado e do município para verificar o armazenamento, estocagem e o preparo de alimentos destinados à merenda escolar.

As visitas foram conduzidas pelo presidente do CAE municipal, Tiago Fainer, e por Renata Cristina Fedrigo, membro do Conselho, que também é secretária da Sala dos Conselhos da secretaria da Educação.

Apesar de o CAE do município, inicialmente, ter como atribuições apenas a fiscalização das 144 escolas da rede municipal, o CAE Estadual também delegada a ele o acompanhamento da merenda das 52 escolas estaduais em Piracicaba.

“As visitas são feitas de surpresa. Buscamos observar a organização do estoque, se os freezers estão limpos, a organização da cozinha, o que pode ser aprimorado no trabalho das merendeiras, se o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) está sendo aplicado, se as normas técnicas do cardápio estão sendo seguidas e outras coisas”, explica Thiago.

“Esse trabalho do CAE é importantíssimo, um trabalho sério que permite acompanhar o dia a dia das escolas de Piracicaba, tanto as municipais quanto as estaduais”, destaca Sílvia Morales.

De acordo com Renata Fedrigo, no ano anterior, o CAE fez uma série de visitas com o intuito de orientar as escolas. Neste ano, situações consideradas não adequadas, de acordo com ela, terão uma cobrança mais intensa: “no último ano, nós fizemos visitas de orientação sobre o que fazer e sobre o que não fazer, sem notificar ninguém, mas já avisando que neste ano nós faríamos as visitas mais técnicas”, disse. Ela afirmou que as orientações, em linhas gerais, estão sendo seguidas pelas escolas.

A primeira visita foi à Escola Estadual Prof. José Martins De Toledo, em Artemis. Com estoques organizados, produtos devidamente embalados e sem contato com o chão, a unidade “está muito bem”, diz Thiago.

Lá, no entanto, como em outras escolas estaduais, o problema é a falta de espaço para armazenar os alimentos, em especial os secos, como arroz, leite em pó, cereais e outros itens. Todos os insumos, atualmente, são enviados pelo Estado. De acordo com os membros do CAE, este itens, no entanto, muitas vezes são enviados em quantidades excessivas. 

“A gente tem muita coisa aqui. Hoje mesmo, eu mandei um e-mail para suspender a entrega dos alimentos secos deste mês, porque a gente não tem lugar para armazenar”, diz Rosimeire Moraes Sperandio, vice-diretora da unidade.

De acordo com ela, no entanto, o sistema da rede estadual de ensino não permite o cancelamento individual, por itens, mas apenas de todo o conjunto de alimentos secos do mês, o que dificulta a gestão dos estoques. Hortifrútis e carnes são enviados semanalmente.

Ainda segundo Tiago, antes de 2022, quando vigorava o convênio da merenda entre o estado e o município, situações como essa eram raras. Durante sua vigência, o envio e gestão dos itens alimentícios encaminhados às escolas estaduais era feito pela DAN (Divisão de Alimentação e Nutrição) da secretaria municipal de Educação. Ele defende o retorno do convênio ou de alguma outra parceria entre estado e município.

“O que se conversa é o município fornecer a parte do horti, que é da agricultura familiar, e o estado mandar os insumos e fazer a terceirização do manejo com as empresas. É uma outra alternativa que nós estamos pensando”, fala o presidente do CAE municipal.

Sílvia Morales analisa que as compras feitas juntas aos produtores locais trazem benefícios em termos econômicos para o município, e podem proporcionar a entrega de alimentos mais mais frescos:

“A merenda ficar a cargo do estado me parece algo muito distante, tanto fisicamente quanto em termos de gestão. Toda essa logística é muito elaborada, e ela poderia ser mais simples, já que há aqui uma Divisão aqui dentro da secretaria municipal de educação para isso. Há também essa questão do fomento e valorização das redes locais de produção”, destaca a vereadora.

Também em Artemis, a visita seguinte foi à Escola Municipal Professor Décio Miglioranza, que recebe os alimentos diretamente do município. Lá, os estoques são menores, dimensionados para durar uma semana. Hortifrútis são entregues duas vezes por semana. De acordo com Tiago, esse padrão se repete em todas as escolas da rede municipal.

Em outra unidade visitada na sequência, a Escola Estadual Dr. Samuel de Castro Neves, no bairro Santana, a grande quantidade de alimentos secos é novamente apontada como uma das dificuldades enfrentada tanto pelas gestoras da escola quanto pelas merendeiras, que precisam se desdobrar para encontrar locais adequados para a estocagem dos produtos recebidos. “Não há um padrão nas construções das cozinhas das escolas. Então, em alguns lugares como neste aqui, essa estocagem é ainda mais difícil, não há tanto espaço físico na despensa”, conclui Renata Fedrigo.

O CAE é composto por 7 membros titulares e 7 suplentes. Dos titulares, 4 são da sociedade civil, um dos pais de alunos e dois do poder público. Tiago é representante da sociedade civil e, Renata, da secretaria municipal da Educação. A atual gestão foi eleita em agosto de 2022 e ficará à frente do Conselho até 2026.

Educação Silvia Maria Morales

Texto:  Fabio de Lima Alvarez - MTB 88.212
Supervisão:  Rebeca Paroli Makhoul - MTB 25.992

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