Cia de Dança, adicional e IPTU Verde recebem pareceres contrários
CLJR reafirma parecer de relator especial e mantém posição contra veto
PL 226/2022 institui um regime de transição para as operações de reintegração de posse no município; projeto prevê que operações devem ser realizadas de forma humanizada
CLJR emite parecer contrário a veto do Executivo em PL das desocupações
Crédito: Guilherme Leite - MTB 21.401A CLJR (Comissão de Legislação, Justiça e Redação) emitiu, em reunião realizada nesta terça-feira (14), parecer contrário ao veto do Poder Executivo ao projeto de lei 226/2022, de autoria de vários vereadores, que institui um regime de transição para as operações de reintegração de posse no município. O posicionamento dos membros da comissão já havia sido definido no último encontro, na quinta-feira passada (9), quando o veto foi recebido. A comissão é composta pelos vereadores Acácio Godoy (PP), presidente, Thiago Ribeiro (PSC), relator, e Paulo Camolesi (PDT), membro, que contam com a assessoria da Procuradoria Legislativa da Casa.
O objetivo do projeto é minimizar os impactos sociais das reintegrações de posse no município. A matéria foi elaborada a partir do fim do período de suspensão das reintegrações em todo o País, em outubro de 2022. A medida estava impedida até então em função da pandemia da Covid-19, por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal). Com a retomada dos processos e a iminência das desocupações das comunidades existentes em Piracicaba, foi elaborado o texto da matéria, a partir de propostas das lideranças dos próprios grupos. O objetivo não é barrar as reintegrações, que são determinadas pela Justiça, mas sim estabelecer que os processos ocorram de forma humanizada.
Tramitação – O PL 226/2022 deu entrada na Câmara em novembro do ano passado e não chegou a ser analisado pela antiga composição da CLJR. Após passar o prazo para a emissão do parecer pela comissão, foi designado um relator especial para a matéria. Na função, o vereador Zezinho Pereira (União Brasil) emitiu parecer favorável ao projeto, que seguiu para as demais comissões e foi a plenário em primeira discussão na última reunião ordinária do ano, em 15 de dezembro, e, no mesmo dia, em segunda discussão em reunião extraordinária. Nas duas discussões, o projeto foi aprovado por unanimidade.
Na 1ª Reunião Ordinária de 2023, deu entrada o veto do Poder Executivo ao projeto de lei. O veto foi recebido pela CLJR na reunião da última quinta-feira (9). Nesta terça, a comissão emitiu o parecer contrário ao veto ao reafirmar o parecer favorável à matéria exarado pelo relator especial Zezinho Pereira. O presidente da comissão salientou que o parecer se baseia na fundamentação das razões de veto e não no mérito da matéria, que já foi debatido em plenário durante o processo de votação.
Mérito – Acácio Godoy adiantou que políticas públicas referentes ao déficit habitacional do município precisam ser discutidas. O PL 226/2022 estabelece medidas a serem antecipadas pelo poder público para acolhimento das famílias que serão despejadas das comunidades nas reintegrações de posse e não se trata de um incentivo às ocupações. “As pessoas estão criando teorias para tentar gerar empatia ou antipatia a determinados projetos e o cidadão comum poucas vezes lê o texto na íntegra para entender que aquela ideia que foi passada pra ele, muitas vezes através de mensagem de whatsapp, de um texto rápido, não é a realidade do projeto”, colocou. “Isso viraliza muito rápido, contamina o verdadeiro debate e prejudica a clareza das informações”.
O projeto estabelece critérios para que as reintegrações de posse ou despejos de famílias vulneráveis em áreas públicas ou privadas assegure o cumprimento dos preceitos fundamentais do direito à moradia, à saúde e à dignidade da vida humana. A matéria ainda determina o cumprimento de normas sanitárias em relação a pandemias virais, a manutenção do acesso a serviços básicos de comunicação, energia elétrica, água potável, saneamento e coleta de lixo, além da proteção contra intempéries climáticas ou ameaças à saúde e à vida, aos meios de subsistência e garantia da privacidade e segurança. O texto também determina a notificação, com prazo de pelo menos 30 dias, às pessoas em vias de despejo, à Defensoria Pública e ao Ministério Público. Além disso, estipula a realização de mediações antes da reintegração e o cadastro das famílias atingidas em programas sociais.
Regularização fundiária – O Poder Executivo ainda vetou o projeto de lei complementar nº 13/2022, também de autoria de um grupo de parlamentares, que flexibiliza os critérios para a apresentação de documentos com a finalidade de regularização fundiária. Da mesma forma, a CLJR emitiu parecer contrário ao veto.
No parecer, a comissão alegou que o PLC não se destina a aceitar qualquer documento para fins de comprovação da existência de núcleos habitacionais, mas sim documentos com eficácia comprobatória. Além disso, salienta que a matéria atende ao interesse público, ao ampliar os instrumentos de comprovação para regularização desses núcleos. O parecer ainda coloca que a matéria não invade competência de outras esferas governamentais e que está em acordo com o que está definido na Lei Federal 13.465/2017.
Programa habitacional – Outra matéria na área habitacional analisada pela CLJR nesta terça-feira (14) foi o projeto de lei 251/2022, de autoria do Poder Executivo, que autoriza o município a alienar um terreno de 43 mil metros quadrados, localizado no bairro Novo Horizonte, para ser destinado a um programa de habitação popular do Governo do Estado, mediante a realização de licitação.
A comissão emitiu parecer favorável à propositura, que será agora encaminhada para pareceres das comissões de Finanças e Orçamento, Obras, Serviços Públicos e Atividades Privadas e de Meio Ambiente. Representes dessas comissões realizaram, na última segunda-feira (13), uma visita técnica conjunta à área, a convite da CLJR. Na ocasião, surgiram questionamentos sobre a divergência nas avaliações do valor do imóvel, que ultrapassa R$ 1 milhão.
“Visitamos a área e levantamos questões. Em relação a esta comissão, o parecer é favorável porque em nada fere a legalidade. Mas foi importante a visita porque levantamos questões que certamente serão apontadas quando entrarem nas outras comissões”, afirmou Acácio Godoy.
Notícias relacionadas
Conheça o Legislativo: Câmara recebe 38 alunos da Luis Cláudio Alves
Conheça o Legislativo: Câmara recebe 41 alunos da Luis Carlos Alves
Câmara aprova cinco requerimentos de voto de congratulações
Câmara homenageará empresa do ramo de alimentação
PL modifica a composição do Conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação
Vereador cobra melhoria viária e destaca avanços na área da saúde
Plenário derruba parecer e mantém projeto que proíbe árvore invasora
Vereador critica veto do Executivo ao projeto de pagamento de tributos
Abastecimento de água no Nova Piracicaba motiva requerimento
Vereador cobra soluções para problemas no abrigo de ônibus da Catedral
Cemitério, praça, área esportiva e ponte recebem denominações
Vereador alerta para ‘encontro’ de casos de dengue e gripe
Câmara aprova moção de apelo por rejeição de projeto sobre o aborto
Vereador e deputado visitam escola no Alvorada para discutir melhorias