
Na Tribuna Popular, orador cobra retomada do Orçamento Participativo
Luto Parental é processo pelo qual a família passa pela perda de um filho gestacional ou neonatal
Na Tribuna Popular, Tatiane de Oliveira Garcia da Costa defendeu a criação de políticas públicas, protocolos profissionais e a empatia da sociedade
Crédito: Rubens Cardia (MTB 27.118)O tema do Luto Parental foi abordado pela oradora Tatiane de Oliveira Garcia da Costa, que usou a Tribuna Popular da Câmara Municipal de Piracicaba, durante a 12ª Reunião Ordinária, nesta segunda-feira (17). Ela contou sobre a história pessoal da perda do filho Gael, há 10 anos, momentos após o nascimento e relatou o que fez para “transformar a dor em amor”. Ela explicou que o luto parental é processo pelo qual a família passa pela perda de um filho gestacional ou neonatal.
A oradora comentou sobre as deficiências no atendimento às famílias que passam por situação semelhante nos serviços de saúde. Na mesma noite, os vereadores derrubaram o parecer contrário ao projeto de lei nº 14/2025, de autoria do vereador Thiago Ribeiro (PRD), que determina o atendimento humanizado a essas pacientes.
Tatiane da Costa destacou a empatia que deve haver na sociedade onde esse tipo de luto é vetado, mas marca a vida de uma família, com traumas e dores. “É a perda de sonhos, de expectativas e da identidade de pai e mãe”, explicou. “Gera vários sentimentos e cada um lida de maneira diferente, não há um caminho certo, mas desafios emocionais e psicológicos”.
A oradora citou que esse processo é ainda mais prejudicial devido às falhas no atendimento hospitalar e também no trato da sociedade com as famílias que passam por essa situação. “A morte de um filho é inversão do curso natural da vida. Além de ser um tabu, a sociedade não sabe como lidar e gera danos aos pais, que têm que enfrentar falhas e equívocos no atendimento hospitalar ou de familiares”, disse. “Romper o silêncio é fundamental. Hospitais e clínicas devem ter protocolos estabelecidos e estar preparados para evitar situações danosas e de violência psicológica”.
A oradora citou danos como a instalação de uma mãe que acaba de perder seu bebê no mesmo quarto com outra paciente que está dando à luz ou amamentando seu filho. Ou então o impedimento dos pais de se despedirem da criança e até mesmo a sedação da mãe, no momento do parto, sem sua permissão, o que a impede de ter um único momento de ver o bebê. Citou casos ainda em que a mãe recebe o bebê em uma luva cirúrgica ou quando o destino do natimorto é o lixo hospitalar. Além da falta de orientação da mãe sobre a possibilidade de doação do leite materno, mas apenas a indicação de remédios para secar o leite.
Para a oradora, o resultado desses procedimentos são a depressão, o que causa mais custos para a saúde pública. “O reconhecimento dessa demanda é uma questão de saúde pública para minimizar esse sofrimento na saúde integral da família”, afirmou. Ela sugeriu que os hospitais disponibilizem psicólogos e assistentes que já atuam nas unidades para esse atendimento.
“As mudanças desses procedimentos só são possíveis com políticas públicas e protocolos profissionais, que a sociedade olhe isso com amor, empatia e sensibilidade”, colocou. “Este é um luto invisível, é como sentir falta de alguém com quem não se compartilhou memórias. Vive-se o luto pelo futuro sonhado que não se tornará realidade. Saudade do que não vivemos. Independentemente do tempo de gestação, o sentimento de maternidade e paternidade persistem. A dor não está relacionada com o número de semanas gestacionais. A dor não se compara, mas se ampara”.
Ao final do discurso, Tatiane recebeu rosas brancas do vereador Thiago Ribeiro, em sinal de conforto à dor do Luto Parental. Confira, no vídeo, o discurso completo da oradora.
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