O Fórum Permanente em Defesa da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) irá constituir uma comissão para se reunir com o Colégio Episcopal da Igreja Metodista, a fim de saber um posicionamento sobre a recente crise da instituição. Além disso, um ofício será enviado ao MPT (Ministério Público do Trabalho) reforçando que os problemas internos da universidade não se restringem ao universo acadêmico e afetam a cidade como um todo.

As duas deliberações surgiram após reunião no campus Taquaral da Unimep, na manhã desta quinta-feira (22), quando Milton Schubert Souto, presidente da Adunimep (Associação dos Docentes da Unimep), expôs os problemas ao vereador Jonson Sarapu de Oliveira, o Maestro Jonson (PSDB), presidente da Comissão de Educação, Esportes, Cultura, Ciência e Tecnologia da Câmara. O encontro teve ainda a presença de Mauro Rontani, assessor jurídico da presidência da Câmara, de João Manoel dos Santos, presidente do Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de Piracicaba, e de Antonio Chapéu, da Afiep (Associação dos Funcionários do Instituto Educacional Piracicabano).

Segundo o parlamentar, a intenção é formar uma comissão de integrantes da Câmara para buscar um posicionamento de Luís Vergílio da Rosa, que preside o Colégio Episcopal da Igreja Metodista. Para a reunião, será convidado ainda o prefeito Barjas Negri (PSDB). “Já tivemos vários encontros e a solução encontrada neste momento é o de procurar a direção maior, pois o problema está se arrastando. A universidade está intimamente ligada à Piracicaba e não podemos deixar que a crise se agrave”, comentou.

Sobre o documento que será enviado ao Ministério Público do Trabalho, Jonson disse que serão incluídas informações sobre todas as ações do Fórum, entre elas o abraço em defesa da Unimep, além de reforçar o quanto a cidade está se mobilizando em prol da universidade.

Segundo Milton Schubert Souto, mesmo com a tentativa de diálogo de várias frentes, a Unimep continua em seu processo de desconstrução. Ele disse que já são 88 demissões de professores e funcionários do campus Taquaral, sendo 13 somente esta semana. “A gente está muito preocupado, pois isso reflete diretamente na vida da cidade. A Unimep é uma instituição que tem benesses do poder público municipal e não dá nada em troca”, declarou.

Entre os problemas recentes – e que persistem ao longo dos meses – está o problema no setor de informática para emissão de boletos, lembrou o presidente da Adunimep, o que se trata de um procedimento “ilógico” para uma instituição que alega crise. “Estão agravando a crise, porque não captam receita”, completou.

Milton Solto apresentou ainda o resultado da audiência realizada ontem em Campinas, na Procuradoria Geral do Trabalho, em que foram relatadas as denúncias de atraso de pagamento de salários desde 2016, a falta de pagamento integral dos vencimentos em janeiro e 13º salário, falta de recolhimento de FGTS.