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Eleições 2020: Preparativos das urnas garantem segurança na votação
Equipamentos passam por diversas etapas de verificação antes de seguirem às seções eleitorais
Urnas passam por procedimento de averiguação da segurança do sistema
Crédito: Davi Negri - MTB 20.499A poucos dias do primeiro turno das eleições municipais, agendado para domingo (15), os servidores da Justiça Eleitoral cumprem as diversas etapas de preparativos das urnas e de toda a logística para distribuição dos equipamentos. Na semana que antecede a votação, o foco do trabalho é voltado para a verificação da segurança das urnas.
Na segunda-feira (9), foi realizada solenidade em que representantes de candidaturas e a imprensa puderam verificar como funciona o sistema operacional das urnas eletrônicas. Na ocasião, técnicos do Cartório Eleitoral destacaram como são os procedimentos que garantem que os equipamentos não sejam fraudados, o que garante a inviolabilidade dos votos.
"Essa verificação de urna é para comprovar a autenticidade dos programas que usamos para a eleição e também para mostrar que, na urna eletrônica, têm os dados dos candidatos, dos eleitores da seção específica, e que também não tem nenhum voto na urna", explica Edna Chicoli, técnica judiciária. Ela ressalta que são emitidos dois relatórios. "Um dos programas que tem nela e, depois, o da zerésima, para comprovar que não tem nenhum voto na urna que vai para a seção eleitoral."
A preocupação da Justiça Eleitoral tem sido reforçada nos últimos anos por conta de especulações em torno da segurança das urnas eletrônicas. No entanto, as autoridades garantem que, desde o início do uso desses equipamentos no Brasil, no final da década de 1990, não há qualquer registro de que o sistema de votação tenha sido violado.
O juiz da 93a zona eleitoral, Wander Pereira Rossette Jr., defende o sistema e refuta qualquer acusação de que a votação tenha sido burlada em algum momento. "A urna eletrônica tem se mostrado extremamente segura ao longo dos anos", adverte. "Não se conhece nenhum problema de fraude", acrescenta. "Tudo que tem, hoje, de comentário de fraude com a urna eletrônica é especulação", ressalta o magistrado.
Ainda em relação à segurança das urnas, Rossette Jr. lembra que elas são autônomas e não estão interligadas a outros sistemas, o que impede a possibilidade de alguém invadir o HD de forma remota. Na apuração, os cuidados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) são elaborados a partir da contratação de hackers (especialistas em computação) para tentar quebrar o código da transmissão. Mas, até hoje, nenhum deles conseguiu.
"Não tem nenhuma informação, até hoje, de que a urna tivesse algum problema, algum risco, que pudesse macular a eleição", enfatiza.
A verificação da segurança é feita em diversas etapas. O lacre que sela o compartimento onde são colocadas as mídias que carregam as informações das urnas tem uma tecnologia em que, caso seja violado, aparece o símbolo do TSE, como uma marca d'água. Dessa forma, caso o presidente de seção verifique que isso tenha ocorrido, ele pode pedir auxílio na Justiça Eleitoral antes do início da votação.
Também é verificada a segurança a partir do chamado "resumo digital", ou "hashes". Neles, estão descritos todos os programas instalados dentro das urnas, que são fundamentais para captar os dados registrados pelos eleitores. E, ainda, tem a chamada "zerésima", quando se retira um comprovante, antes do início da votação, de que não há votos na urna.
Ao final da votação, são emitidos os boletins de urnas, onde ficam contabilizados todos os votos inseridos naquele equipamento. "Se os partidos se dispuserem a verificar os boletins de urna com aquilo que foi transmitido para o TSE, os dados vão bater. É mais uma prova inequívoca de que o processo é muito seguro", ressalta Rossette Jr.
Na hora de transportar as urnas também é verificada a segurança. Elas saem de dois depósitos do Cartório Eleitoral, na área central da cidade, na sexta-feira de manhã (13) e seguem, sob escolta de órgãos da segurança pública, aos 137 locais de votação espalhados pelo município.
Os equipamentos são guardados em salas fechadas nos colégios eleitorais, onde ficam sob a responsabilidade dos diretores das escolas. No sábado (14), véspera da votação, as seções são arrumadas e os servidores da Justiça Eleitoral fazem uma nova vistoria nas urnas, mas desta vez para verificar se o equipamento está ligando e se a hora e a data na tela estão corretas.
É um trabalho cuidadoso e que depende do empenho de diversos servidores, tanto da Justiça Eleitoral quanto das equipes de apoio, divididas entre pessoas cedidas pela Prefeitura, pelo governo do estado e, ainda, contratadas por empresa terceira para o período eleitoral, como o assistente de urna Caio de Araujo Lima.
Ele atuou na equipe responsável por fazer a preparação das urnas para as eleições. "Desde o carregamento das baterias até a inserção dos dados, que vão ser utilizados por seção ao longo das eleições. Cada urna tem seus dados individuais para serem utilizados e é todo um processo que é muito cuidadoso, demanda muita atenção", explica.
Caio avalia que, embora bastante minucioso, o trabalho demonstra a segurança das eleições. "É um trabalho de 'formiguinha', então tem muitas etapas a serem cumpridas. E posso dizer que é bem seguro", afirmou.
PANDEMIA – Os locais de votação devem seguir protocolos sanitários por conta da pandemia do novo coronavírus. Para votar, será obrigatório o uso de máscara; nas filas, deve haver distância de um metro entre os eleitores; deverá ter álcool gel disponível antes e depois da votação; não é necessário entregar o documento ao mesário, apenas mostrar; e, se possível, o eleitor deve levar sua caneta para assinar o registro de voto.
(Esta reportagem integra o projeto "Parlamento Aberto Nas Urnas", com conteúdo produzido pelos departamentos de Comunicação e TV Legislativa, da Câmara de Vereadores de Piracicaba. Além do texto, confira a reportagem em vídeo e em áudio.)
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