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Material foi coletado pelas estudantes Alice Galvão e Júlia Pontes, estagiárias do Departamento de Documentação e Arquivo da Câmara
Trabalhos podem ser vistos de 8 a 23 de março
Crédito: Sidney JrAos 22 anos, a palavra “empoderamento” faz parte de suas rotinas. Como estudantes de história, tiveram contato com a trajetória de diferentes personagens femininas ao longo das décadas. Agora, movidas pelo desafio de levar ao público a força da mulher, pesquisaram as curiosidades de personagens brasileiras que romperam fronteiras, resistiram, abriram portas e contribuíram com o país. Assim nasceu a exposição Mulherio, alusiva ao Dia Internacional da Mulher. Concebida por Júlia de Pontes Araújo e Alice Galvão, estagiárias do Departamento de Documentação e Arquivo da Câmara, a mostra fica em cartaz entre 8 e 23 de março, no hall do Salão Nobre da Casa de Leis.
Júlia, que está no oitavo semestre de história, e Alice, estudante do terceiro semestre, escolheram 12 nomes, distribuídos em painéis com seus nomes e pequena biografia. “A intenção foi a de buscar personagens pouco conhecidas do grande público e que nem sempre são lembradas na mídia”, diz Júlia. “Selecionamos o histórico de uma mulher de cada área, de professora a crítica teatral. Mulheres que deixaram suas marcas por onde passaram”, completa Alice. Elas também consultaram a página do Facebook As Mina da História.
Nas artes, as selecionadas foram a artista plástica Anita Malfatti, precursora do modernismo; a cantora Clara Nunes, intérprete de sambas e que militava pela resistência negra e indígena; e Mercedes Baptista, a primeira negra a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Júlia e Alice selecionaram para esse mosaico de resistência as figuras de Maria da Penha, que hoje dá nome à lei nacional em defesa da mulher; Espertirina Martins, que integrou grupos anarquistas e defendia melhores condições aos trabalhadores; a jornalista e poeta Patrícia Galvão, conhecida como Pagu, a primeira brasileira do século 20 a ser presa política e que defendia a participação ativa da mulher na sociedade e na política; e a atriz Lélia Abramo, que presidiu o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões de São Paulo.
A exposição também traz Melânia Luz, a primeira negra brasileira a participar dos Jogos Olímpicos; Zayra Bottene, primeira aviadora piracicabana e a terceira aviadora do Brasil; a ensaísta e crítica de teatro Bárbara Heliodora; a catadora de lixo Carolina de Jesus, que se projetou como uma das mais importantes escritoras negras do Brasil; e a médica Nise da Silveira, que introduziu a arte no tratamento psiquiátrico.
Outros dois painéis tratam de explicar o motivo de a data de 8 de março ter sido instituída como Dia Internacional da Mulher e a justificativa para a escolha do termo mulherio para o título da exposição. Neste caso, Júlia e Alice explicam que Mulherio era o nome de um periódico feminista que circulou nas ruas brasileiras. Foi criado, redigido e publicado por mulheres e trouxe temas de cunho empoderador e que provocavam a mulher a sair de seu senso comum.
SERVIÇO – Exposição Mulherio, de Júlia de Pontes Araújo e Alice Galvão. De 8 a 23 de março, no hall do Salão Nobre Helly de Campos Melges da Câmara de Vereadores de Piracicaba (rua Alferes José Caetano, 834, Centro). Visitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Entrada gratuita. Informações: (19) 3403-7130.
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